A campanha de vacinação contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) destinada a meninas entre 9 e 11 anos começou nesta segunda-feira (9) na maior parte do país. Como não há uma data unificada, no Paraná a vacina começará a ser aplicada nesta terça-feira. O objetivo é imunizar gratuitamente 4,94 milhões de meninas, 256 mil delas no Paraná. A vacinação vai até abril nos postos de saúde de todo o estado.
Em 2014, na primeira fase da campanha, cerca de 250 mil adolescentes paranaenses de 11 a 13 anos receberam a primeira dose da vacina, o que representa 97% do público-alvo, de acordo com a Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa). Para a segunda dose, 139.191 meninas foram imunizadas, o equivalente a 54% da meta.
A infectologista Viviane Maria De Carvalho Hessel Dias, coordenadora do serviço de controle de infecção hospital do Hospital Nossa Senhora das Graças, ressalta que a vacina é uma medida preventiva segura e foi instituída para prevenir o câncer de colo de útero e outras doenças sexualmente transmissíveis causadas pelo vírus HPV e que o cronograma – composto por três fases – deve ser rigorosamente seguido para garantir a eficácia da imunização. “Depois da primeira dose, as meninas devem voltar às unidades de saúde seis meses depois para uma segunda etapa de vacinação. Já a terceira deve ser tomada cinco anos depois da primeira vacina. Esse cronograma deve ser seguido para garantir a eficácia da imunização”, detalha.
Sobre a imunização ser destinada à faixa etária, de 09 a 11 anos, Viviane explica que o objetivo do Ministério da Saúde é atingir as meninas antes do início da atividade sexual, que hoje começa cada vez mais cedo, e evitar que elas tenham contato com o vírus.
A médica adverte que a vacina é apenas uma das medidas preventivas a ser adotada contra o vírus HPV. “O fato de se vacinar não significa que não precisa usar camisinha durante as relações sexuais. Além disso, depois de iniciadas as relações sexuais, as meninas devem fazer anualmente o exame de papanicolau, que detecta o câncer de colo do útero e suas lesões e também ajuda a diagnosticar infecções vaginais”, alerta Viviane.
Para receber a dose gratuitamente, é necessário apresentar o cartão de vacinação ou documento de identificação nas unidades de saúde.
