Gargalo
A 101 paranaense é uma das principais reivindicações do setor industrial do Paraná, que busca novas ligações entre Sul e Sudeste e também com o porto de Paranaguá.
O primeiro passo para a construção de um trecho da BR-101 no Paraná foi dado pelo governo estadual, que encaminhou um pedido de licença prévia para a obra. A solicitação será analisada pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). A proposta de fazer uma ligação entre os portos do estado e construir uma alternativa às BRs 277 e 376 vem sendo apresentada há anos, mas devido ao grande impacto ambiental na Serra do Mar e ao altíssimo custo, não foi realizada. A intenção é executar a obra por meio de uma parceria público-privada (PPP), com custo estimado em mais de R$ 1,5 bilhão.
INFOGRÁFICO: Confira o projeto da BR-101 no Paraná
O projeto prevê ligar o trecho catarinense da BR-101, na altura de Garuva, com a BR-116, perto de Bocaiúva do Sul, desviando assim o tráfego de caminhões do anel curitibano. A obra seria dividida em três etapas e a que está em fase de licenciamento prévio é a primeira, de 62 quilômetros, que iria de Garuva à BR-277.
Rejane Karam, coordenadora de planos e programas da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística, conta que está sendo feita uma estimativa de traçado, buscando evitar unidades de conservação ambiental. Na terça-feira, uma equipe técnica sobrevoou a área e concluiu que a construção de um túnel é imprescindível. Além de facilitar o acesso ao porto de Paranaguá, a obra é pensada como um estímulo ao porto de Antonina e como uma forma de viabilização do projeto do porto de Pontal. Ela explica que a construção da ponte de Guaratuba, como alternativa ao ferry-boat, entraria no pacote.
"Cansamos de esperar que o governo federal fizesse algo e decidimos tomar as rédeas do processo", declarou Rejane. Apesar de ter o mesmo traçado previsto para a BR-101, caso a obra seja mesmo comandada pelo governo estadual e não pelo governo federal, como acontece com as BRs, a rodovia seria nominada como PRC-101.
Impacto
Representante do Observatório Costeiro, Clóvis Borges alerta que o custo ambiental de uma obra dessa envergadura precisa ser analisado com cuidado. Ele alega que o ideal seria estudar em conjunto todas as obras previstas para o Litoral do Paraná, considerando o impacto de cada uma. Borges diz que a obra deveria ser discutida com a sociedade, como o traçado da nova linha férrea na Serra do Mar, que foi debatida com ambientalistas para buscar o menor prejuízo ambiental possível.
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