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Foz do Iguaçu – Começou ontem a demolição do antigo prédio que abrigou por décadas a fiscalização na Ponte da Amizade, na fronteira com o Paraguai. As obras marcam o início do projeto de revitalização da ponte, desenvolvido pela Receita Federal (RF) para facilitar o acesso de turistas ao Brasil, além de humanizar o atendimento na região de fronteira e dar mais conforto aos funcionários da fiscalização.

Nos próximos 12 dias, 15 operários trabalham para derrubar a estrutura de 3 mil m2 onde funcionavam o Departamento de Declaração de Bagagem da RF (órgão em que turistas e sacoleiros pagam os impostos sobre os produtos trazidos acima da cota de U$ 300) e a fiscalização da Polícia Federal (PF), além do depósito provisório de mercadorias apreendidas na fronteira.

Janelas, telas e barras de ferro foram retiradas cuidadosamente para serem reaproveitadas. A RF doou esse material para a prefeitura de Foz do Iguaçu, que vai utilizá-lo nas creches municipais que sofreram ações de marginais, como arrombamento. Já as enormes telhas serão utilizadas para cobertura do pátio que abriga o maquinário municipal.

Em aproximadamente seis meses, surgirá no lugar uma estrutura nova, de 6 mil m2, com seis canaletas para recepção dos turistas – quatro para automóveis, uma para ônibus e outra exclusiva para motos. Também serão construídos novos departamentos para fiscalização e declaração de bagagem, além do centro de recepção turística, sanitários, entre outros compartimentos.

A RF investirá R$ 5,8 milhões na revitalização. O projeto mantém o obelisco que simboliza a união dos dois povos de fronteira. Projetado pelo arquiteto Oscar Niemayer, o obelisco foi inaugurado no dia 27 de março de 1965 pelos presidentes Castelo Branco e Alfredo Stroessner, do Paraguai.

Alteração

Por causa das obras, todo o tráfego no local foi alterado. Uma das pistas de saída do Brasil deu espaço para o trânsito de quem deixa o Paraguai. A entrada foi desviada para a parte inferior do prédio administrativo da aduana. Somente ônibus do transporte coletivo e caminhões sem carga podem passar pelo antigo acesso de entrada ao Paraguai.

A circulação de pedestres foi invertida. Quem deixa o Brasil o faz agora pelo lado esquerdo para que a volta ao Brasil seja feita pelo lado onde foi instalada a estrutura de fiscalização. Também foi instalado no antigo prédio administrativo o setor de Declaração de Bagagem. Ontem, dia de fraca movimentação, não houve filas em função das alterações no trânsito.

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