A angústia e o desespero tomam conta dos imigrantes libaneses em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, a cada dia. O comerciante Abbas Mohsen tem três filhos no Líbano: o garoto Bassen, 13, e as filhas Jihan, 12, e Nesrin, 10. Eles integram um grupo de 15 adolescentes da cidade, todos da mesma família, que ficaram escondidos em um abrigo embaixo de um edifício para fugir dos bombardeios na cidade de Nabatieh, sul do Líbano. "Eles ficaram em um quarto que tinha 20 a 30 pessoas", diz.
Mohsen conta que os filhos foram passar férias no Líbano para aprimorar o aprendizado do idioma árabe. O pai diz que chegou a pedir para o consulado brasileiro buscar os filhos, mas foi informado pelas autoridades que não havia condições de chegar até o local. Entre terça-feira e quarta-feira o grupo dividiu-se e conseguiu chegar à região de Beirute, onde todos estão alojados em uma residência com auxílio de parentes. O trajeto, normalmente feito em uma hora, durou oito horas. Agora, os adolescentes estão tentando chegar a Síria para voltar ao Brasil.
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