Após o calçadão do Centro de Matinhos ter amanhecido com duas faixas contra as ações do IAP no Litoral paranaense, o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Matinhos (Acima), Carlos Dalberto Freire, afirmou que os comerciantes estão se conscientizando sobre a importância do aumento da fiscalização ambiental e divulgação das análises de balneabilidade. Freire criticou as faixas e disse que apenas alguns proprietários de casas que tocam música que estão descontentes.
A afirmação de Freire foi data durante uma reunião com o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Rasca Rodrigues, que discutiu os trabalhos do instituto na região. "Eles (comerciantes) estão compreendendo que seria irresponsabilidade o Estado não divulgar a qualidade da água. Os prejuízos trazidos por surtos de diarréia e de outras doenças que podem ser contraídas em águas poluídas ao turismo da região seriam muito maior do que a divulgação das análises", explicou Freire em nota na Agência de Notícia do Estado. Monitoramento
Desde o início da temporada já foram realizadas 2.607 medições durante as fiscalizações de poluição sonora nos estabelecimentos de todo o Litoral. Em Matinhos, um veículo e 24 estabelecimentos foram autuados por ultrapassar o limite de som permitido. Mais dois estabelecimentos foram autuados e embargados. Caso haja reincidência, os estabelecimentos serão interditados.
Reclamação
"Obrigado IAP por acabar com o turismo em Matinhos" e "Não fizeram nada pela nossa praia e agora querem acabar com nosso comércio" foram as duas frases que estamparam as tiras de tecidos que apareceram penduradas na manhã desta quinta-feira em Matinhos.
O protesto foi realizado pelos comerciantes da região. Eles reclamam que a fiscalização do instituto contra o som alto durante a noite estaria afastando os turistas da cidade. Um dos comerciantes da área, Francisco Coville, proprietário de uma padaria, alega que a divulgação de áreas impróprias para banho também estão ajudando a afastar o turismo. Para ele, o IAP deveria cuidar das praias durante o inverno para que no verão as mesmas estivessem liberadas para banho.
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