O reajuste do valor do pedágio nas rodovias paranaenses, programado para a primeira semana de dezembro, está preocupando os comerciantes do litoral. A Associação dos Hotéis, Pousadas, Restaurantes, Bares, Casas Noturnas, Prestadores de Serviços e Similares do Litoral Paranaense (Assindilitoral) vai pedir à Concessionária Ecovia que congele o aumento até fevereiro de 2009. O valor atual da tarifa é de R$ 11,40 para automóveis. Os comerciantes alegam que, com os novos trechos pedagiados na divisa entre o Paraná e Santa Catarina, o movimento de veranistas vai cair.
De acordo com os comerciantes, nos meses de agosto, setembro e outubro houve uma diminuição de 30% em relação ao mesmo período do ano passado. Outro receio dos comerciantes é que os veranistas optem pelo litoral de Santa Catarina. "O movimento caiu em função da falta de feriados e da chuva. Com o aumento do pedágio e a falta de rotas alternativas essa tendência deve se manter", afirma José Carlos Chicarelli, presidente da Assindilitoral. A assessoria de imprensa da Ecovia informou, no entanto, que desde a criação do pedágio o tráfego na BR-277 se manteve constante, com tendência de aumento em alguns períodos. O feriado de Natal e ano-novo passado registrou aumento de 23% em relação à temporada anterior, com movimento recorde nos últimos dez anos.
A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), responsável por divulgar o reajuste dos trechos pedagiados no estado, afirma que pode negociar a data, mas que o governo do estado é que deveria propor a mudança. O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER) disse que não vai negociar datas, pois é contra o aumento. A ABCR afirma que o reajuste está previsto no contrato e que foi o próprio DER que estabeleceu o valor inicial a ser cobrado.
A ABCR vai informar o porcentual de reajuste ao DER até o fim desta semana. O valor é calculado por meio de uma fórmula com base em índices de correção calculados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O DER analisa os valores e dá um parecer. Caso haja discordância, devem ser apresentados novos cálculos, apontando as incorreções verificadas. Mas, nos últimos anos, não houve acordo entre as partes e o aumento só ocorreu após liminares obtidas na Justiça.
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