Campo Mourão - Comerciantes de Campo Mourão, na Região Centro-Oeste do estado, fecharam as portas ontem às 17 horas em um protesto contra a violência na cidade. Na última sexta-feira, o proprietário da transportadora Tamoyo, Junior Tazinazzo, de 52 anos, foi assassinado durante um assalto. O empresário estava no interior de seu estabelecimento comercial com funcionários quando foi rendido por dois homens armados vestindo capacetes. Ao entregar o dinheiro o empresário, que não teria reagido ao assalto, foi atingido por um tiro na cabeça. Ele teve morte instantânea. Os ladrões fugiram em duas motocicletas.
No início da semana, autoridades e entidades se reuniram para encontrar soluções para o combate à violência na cidade. A Polícia Civil apresentou a identidade dos possíveis autores do latrocínio e espera prendê-los nas próximas horas.
Após fechar as portas dos estabelecimentos comerciais, os empresários participaram da missa de 7º dia na Catedral São José, no centro da cidade. Amigos e parentes de Tazinazzo distribuíram adesivos e colocaram faixas de protesto contra a violência. "Se não tem dinheiro, eles matam. A situação está insustentável. Algo deve ser feito para combater a onda de violência", comentou o empresário Dilmar Daleffe.
Para o amigo de Tazinazzo, o empresário Eneas Lamonica, a violência está deixando todos assustados. "A falta de segurança está colocando a população em alerta, estamos trabalhando receosos. A situação é revoltante", critica.
Segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Mourão (Acicam), Nestor Ocimar Bisi, o pedido de fechamento do comércio foi feito para demonstrar a revolta da comunidade com a insegurança no município. "Além do fechamento do comércio, nos próximos dias será elaborado um documento para ser encaminhado ao Secretário de Segurança Pública solicitando mais policiais ao município". Para a missa, também foram convidados familiares de outras pessoas assassinadas na cidade.
