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Infraestrutura

Comércio vazio na Graciosa

Amauri Alves de Pontes e Margarete Marcelino, comerciantes que amargam prejuízos com produtos que estragaram por falta de clientes e já dispensaram quatro funcionários | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Amauri Alves de Pontes e Margarete Marcelino, comerciantes que amargam prejuízos com produtos que estragaram por falta de clientes e já dispensaram quatro funcionários (Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo)

Desde a interdição da Es­­­trada da Graciosa (PR-410), no dia 13 de março, por causa do desmoronamento no quilômetro 10, comerciantes dependentes do fluxo de carros da rodovia contabilizam prejuízos e torcem para que a rodovia seja liberada o mais rápido possível. A maioria dos 60 pequenos comércios do trecho que liga Quatro Barras a Morretes permanece fechada desde então.

Os bairros de São João da Graciosa e Porto de Cima são os mais prejudicados. "Até a estrada voltar a funcionar vamos ter um prejuízo de R$ 30 mil a 40 mil. A maioria da mercadoria é perecível e o que ainda não venceu está pra vencer", diz Margarete Marcelino, proprietária do quiosque Natureza, que não abriu desde a interdição. Ela dispensou os quatro funcionários. O estabelecimento fica no Parque Mãe Catira, que concentrava boa parte dos turistas que desciam a Graciosa e que fica a dez quilômetros do local do desabamento.

"Essas localidades vivem diretamente do turismo da estrada. Esperamos que o tempo ajude para que o prazo de reabertura em meia pista na primeira quinzena de junho seja respeitado", explica Carlos Alberto Gnatta Neto, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico de Morretes. As obras só devem ser concluídas em setembro.

Meio milhão

O presidente da Associação Comercial da Graciosa, Gilton Dias, estima que até a data da reabertura o prejuízo dos comerciantes passe dos R$ 500 mil. O irmão Gilson, dono de uma lanchonete há 30 anos em São João da Graciosa, conta que já está "com algumas contas vencidas". As linhas de crédito especiais para os moradores e comerciantes locais liberadas pelo Fomento Paraná na semana passada não vão ajudar. "A burocracia é muito grande, é pra quem quer investir e eu não tenho como", finaliza.

O impacto chega ao centro de Morretes, mas em menor escala. Romy Yurk, colaboradora da Pousada Cidreira, conta que o local sempre lota em feriados, mas nos últimos meses foi diferente. "Na Páscoa, o movimento caiu pela metade e agora só estamos com cinco dos 20 quartos ocupados, sem previsão de reservas para o fim de semana", diz. Já Camila Robassa, proprietária do restaurante Terra Nostra, comenta que boa parte da clientela vem dos turistas que chega de trens e de moradores da região e que, então, sentiu pouca diferença no período.

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