Brasília – Embora os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e George W. Bush tenham firmado somente ontem uma parceria sobre o álcool, já está sendo elaborado, desde dezembro, um "mapa" das possíveis áreas passíveis de receberem plantação de cana-de-açúcar em toda a América Latina. O trabalho está sendo feito pela Comissão Interamericana de Etanol.

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A comissão está preparando um diagnóstico geral sobre a América Latina para saber onde e como será possível plantar cana-de-açúcar ou aproveitar a produção já existente para fabricar etanol.

O objetivo é levantar dados sobre a produção de cana-de-açúcar em cada país, quantos hectares são plantados, qual a produtividade, qual o custo de produção, qual o sistema de produção, qual a estrutura fundiária.

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Também será levantado quanto cada país tem de terra disponível para plantar cana-de-açúcar e qual tecnologia seria mais adequada para a cultura e para a produção de álcool.

Por fim, será apurada a obrigatoriedade ou não de mistura de etanol à gasolina em cada país. O diagnóstico deve ficar pronto em abril.

A partir daí, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) deve financiar construções de usina de álcool em todos os países em que a cana de açúcar for viável.

O objetivo da comissão é alavancar investimentos e avançar no processo para transformar o álcool em uma commodity internacional. Atualmente, Brasil e Estados Unidos respondem por 72% da produção mundial de etanol, sendo que os norte-americanos produzem apenas para seu mercado interno.

Para que o álcool vire commodity, porém, será preciso criar um mercado internacional de consumidores.

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