O inverno está chegando e com ele a necessidade de ter uma casa preparada para aguentar os ventos gelados e baixas temperaturas dessa época do ano, principalmente para quem mora no Paraná. É nessa hora que se nota a importância de um sistema de aquecimento – seja uma sofisticada calefação, uma elegante lareira ou um pequeno aquecedor portátil.
Antes de investir em qualquer sistema, é preciso saber o que ser quer. “Há de se pensar na eficiência para gerar calor e também na economia”, ressalta o arquiteto Gustavo Pinto, da GP Arquitetura. Ele lembra que pequenos ambientes podem ser aquecidos por aparelhos portáteis, com custo inicial baixo, mas que consomem mais energia elétrica. Por outro lado, há sistemas que exigem mais infraestrutura, embora proporcionem mais eficiência energética e controle térmico, como os aparelhos de ar condicionado ciclo reverso (quente e frio) e climatizadores de ambiente, que vão desde a calefação até as lareiras.
Opções
O professor de Engenharia Mecânica da UTFPR José Antônio Velásquez explica que os diferentes sistemas de aquecimento têm variações que vão além do consumo de energia elétrica. Os modelos de resistência são mais indicados para áreas externas, já que aquecem as pessoas e não o ar. Esse é o mecanismo de funcionamento de um aquecedor a óleo, por exemplo.
“Para um dormitório, você pode usar o aparelho a óleo, que é silencioso e aquece o ambiente. Para um ambiente maior, um jardim ou área externa, é melhor um aquecedor por radiação”, explica Velásquez.
Esses modelos possuem resistências – o que muda é a forma como o calor é distribuído. Nesse caso, a vida útil do aparelho está relacionada à temperatura de operação da resistência: se está exposta, as temperaturas são mais elevadas e consequentemente a vida útil é menor. Analisando a economia de energia, os mais eficientes são os aparelhos de ciclo reverso, seguidos pelos de óleo e então os de resistência. Apesar de mais econômicos, estes são os modelos mais caros para investimento inicial.
Um sistema mais complexo exige um investimento maior: é o caso da calefação e do piso aquecido. A calefação exige mais espaço, para a instalação da caldeira que vai aquecer a água que passa pelas tubulações. O custo mais alto de instalação e manutenção fez o sistema perder mercado para o piso aquecido. “É a forma mais eficiente de aquecer, porque aquece de baixo para cima e dá um conforto homogêneo em todo o ambiente”, diz Scheyla Ciruelos, diretora da Hot Floor, empresa especializada em pisos.
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