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Ficha da prisão de Sônia Hadad Hernandes, divulgada pela polícia de Palm Beach, nos EUA | Divulgação/Polícia de Plam Beach
Ficha da prisão de Sônia Hadad Hernandes, divulgada pela polícia de Palm Beach, nos EUA| Foto: Divulgação/Polícia de Plam Beach

Há vários motivos para mudança de escola . O salário encolheu, o novo endereço ficou longe demais, o relacionamento do filho com os colegas desandou, a metodologia da escola não agrada mais. O certo é que, quando o aluno troca de colégio, vai ter alguma tensão. Afinal, o que fazer para que a adaptação seja a mais indolor possível?

Para a pedagoga e diretora do Colégio Novo Ateneu, Vera Julião, essa apreensão é comum. "O fato de o aluno novo ter de se inserir e se adaptar a um grupo social que já está formado e com uma dinâmica estabelecida gera o sentimento de insegurança", afirma.

Nesta fase, a comunhão de esforços entre escola, família e aluno são fundamentais. "A adaptação deve ser natural e gradativa, a família e a escola devem estar atentas e dando apoio", sugere a pedagoga e orientadora educacional do Colégio Decisivo Cristo Rei, Patrícia Thomé Zanetti. "O vínculo entre os pais e a escola é importante. E a primeira reunião de pais, no início das aulas, é decisiva", complementa a psicóloga e orientadora educacional do Colégio Decisivo do Cristo Rei, Márcia Aurich Jones.

Segundo especialistas, à escola cabe o papel de criar estratégias de integração. Comitês de recepção, escolha de um aluno para ser o "receptor" do novo, promover eventos sociais, como churrascos e passeios.

Criar as estratégias, contudo, não basta. A escola também deve ficar atenta aos resultados dessas investidas. "Nós fazemos o sociograma, uma técnica de trabalho que ajuda a mapear a dinâmica do grupo e ao mesmo tempo tenta perceber o que pode ser feito para buscar harmonia", explica Vera.

Ficar de olho nas interações do dia-a-dia na sala de aula também é fundamental. "Pedimos para que os professores fiquem atentos ao convívio dos alunos, ajudando na elaboração de equipes de trabalho para que ninguém seja excluído ou estigmatizado", afirma Patrícia. "No início todo mundo me achava chata, foram os professores que ajudaram a me enturmar", conta Thaís França Naldi, 14 anos, que se mudou de Franca (SP) para Curitiba no ano passado.

Já para os pais, a dica é demonstrar confiança e tranqüilidade. "Os pais são determinantes na fase de adaptação da criança, pois elas sentem se eles estão tranqüilos em relação ao professor ou a escola", opina Márcia.

Para a professora de Psicologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e autora do livro As emoções e a escola, Denise de Camargo, é fundamental que os pais expliquem as mudanças ao filho. "A criança tem de entender o que está acontecendo. Assim ela vai se acostumando com a realidade da vida", explica. Além disso, é importante que os pais mantenham o diálogo aberto. Os pais devem também ficar atentos para aos sinais de problemas, mesmo antes que os filhos os procurem.

Momento

Sobre quando fazer a mudança de colégio há divergência em entre os especialistas. Salvo casos de força maior (mudança de cidade, falta de dinheiro etc), para Vera, a mudança deve ser evitada. "Embora situações de embate sejam saudáveis, é bom evitar mudar de colégio para não gerar desconforto", diz.

Patrícia e Márcia discordam. "Em algumas situações, nós mesmos sugerimos que os pais procurem outra escola, caso a metodologia não atenda às expectativas ou exista um problema relacional sério", exemplifica Márcia. "Às vezes, quando o aluno estudou a vida inteira em um mesmo colégio é legal mudar para viver uma nova experiência", complementa Patrícia.

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