Em clima de comoção, Arapongas se despediu ontem dos empresários Adriano Romera, 65 anos, e João Romera Neto, 37, e da mulher de Adriano, Sioumar Groti Romera, 59. Os três faleceram na queda de um monomotor no fim da manhã de ontem, em Paranavaí. No mesmo acidente também morreu o técnico agrícola Rômulo César Fernandes, 37. O prefeito em exercício de Arapongas, Jair Milani, decretou luto oficial de três dias.

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As quatro vítimas do acidente aéreo foram veladas no Pavilhão de Exposições de Arapongas (Expoara), por onde passaram,durante todo o dia, milhares de pessoas, entre amigos, parentes, funcionários e empresários paranaenses e de outros estados. Parte dos mais de mil funcionários da Simbal, empresa da família Romera, foi ao velório e sepultamento em dez ônibus. A família Romera, reconhecida por seus trabalhos de filantropia e de forte presença na Igreja Católica, recebeu uma missa de corpos presentes, com a presença de todos os padres da cidade. A quinta vítima do acidente, o piloto Flavio Marcelo dos Santos, de 41 anos, foi sepultada na cidade de Ourinhos, em São Paulo.

O atual presidente do Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (Sima), Valdecir Tudino, disse na despedida a Adriano Romera (ex-presidente e fundador do Sima), que não só Arapongas perdeu grandes cidadãos, como o Brasil perde grandes empresários. "É muito difícil perder pessoas maravilhosas que nos deram bons exemplos na vida profissional e pessoal", destacou.

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O prefeito Jair Milani lembrou do pioneirismo de Adriano Romera no pólo moveleiro e das centenas de empregos gerados por suas empresas. "Trata-se de uma perda muito sentida por todos os araponguenses, pela amizade e exemplo de dinamismo deixado pelo empresário", assinalou.

O presidente do Expoara, José Constantino, lamentou a perda e destacou que Adriano Romera foi um dos pioneiros na construção do Pavilhão de exposições, além de acionista, liderando por algum tempo a concessão. "O Adriano era um empresário muito atuante e pioneiro, não apenas na área moveleira como da cidade", opinou.

O enterro, que estava marcado para as 17 horas, foi adiantado em meia hora e os corpos seguiram em um carro do Corpo de Bombeiros coberto com coroas de flores. O cortejo, com participação da Polícia Militar e da Guarda Municipal saiu do Pavilhão Expoara, atravessou todo o Parque Industrial e seguiu pela Avenida Arapongas, até chegar ao Cemitério Municipal. (MB)