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Diversas companhias aéreas que usam aviões Airbus A330-200, o modelo que caiu no oceano Atlântico com 228 pessoas na semana passada, disseram nesta segunda-feira (8) que estão aguardando orientações da Airbus antes de realizarem qualquer mudança de equipamentos.

O presidente-executivo da Gulf Air, Bjorn Naf, disse à Reuters que estava tentando marcar uma reunião com a Airbus durante o encontro anual da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) que acontece na capital da Malásia para receber uma atualização das investigações sobre o acidente e suas causas.

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"Se houver uma recomendação oficial, é claro que nós vamos agir, nós não comprometemos a segurança", disse Naf em entrevista.

A Airbus percebeu problemas nos leitores de velocidade de seus jatos A330 antes do acidente com o avião da Air France que fazia a rota Rio-Paris e que caiu no mar quatro horas após a decolagem, no domingo (31). De acordo com os investigadores franceses que apuram as causas do acidente, a fabricante de aeronaves avisou seus clientes para substituírem uma peça.

"Se a Airbus distribuir uma diretriz, nós vamos responder", disse Akbar al-Baker, presidente-executivo da Qatar Airways, que tem 16 aviões A330-200.

"A tragédia da semana passada sobre o Atlântico Sul lembrou a todos nós que a segurança é um desafio constante", afirmou Giovanni Bisignani, diretor-geral e chefe-executivo do IATA, em discurso aos membros e delegados da entidade em Kuala Lumpur.

"Esse problema foi levantado na mídia, não sabemos se esse é o problema", disse Fernando Pinto, presidente-executivo da companhia aérea portuguesa TAP, que tem 12 aviões do modelo, acrescentando que a empresa "vai seguir qualquer orientação da Airbus."

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A Air France informou no fim de semana que já estava acelerando a substituição dos sensores de velocidade de seus aviões antes do acidente, após ter verificado um congelamento da peça pela primeira vez em maio de 2008 e não ter chegado a um acordo com a Airbus sobre como agir para resolver o problema.

Os investigadores da França consideram a possibilidade de que os sensores de velocidade tenham congelado, mas afirmam que é muito cedo para determinar qual foi a causa do acidente com as poucas evidências que se tem à disposição até o momento.

O chefe de vendas da Airbus, John Leahy, disse a um pequeno grupo de jornalistas em Kuala Lumpur que o avião A330-220 era seguro e essencial para a indústria aérea.

"Ele é a espinha dorsal da indústria", disse ele.