Rio – O candomblé e a umbanda entraram na passarela do sexto e último dia do Fashion Rio na Marina da Glória, com a coleção "O reino de Oxalá – a marca dos orixás na cultura brasileira". "Resolvemos assumir o lado místico da marca, colocando essa coisa de raiz com humor, estética e glamour na moda brasileira", afirma o estilista Beto Neves.

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Ao som do DJ Mam, intitulado "ogã eletrônico" (ogã é o nome dos percussionistas que tocam no candomblé) e da voz da cantora Rita Ribeiro – ambos presentes na passarela, a marca masculina mostrou formas justas nas calças e bermudas, contrapondo a camisetas over – que parecem três números acima. Os jeans ganham corte de alfaiataria, com pregas e cinturas um pouco mais altas.

A Complexo B misturou elementos como espadas, tridentes, raios, luas e cobras nas estampas. Como não poderia deixar de ser, o branco predomina na cartela de cores, que traz ainda vermelho, azul, amarelo, verde e preto. Meninas vestidas de pombas-giras e baianas estilizadas desfilaram apenas para reforçar o conceito, já que a marca é exclusivamente masculina. A Totem, no desfile anterior, brincou com as referências do rock, deixando o preto soturno de lado e trazendo mais o lado psicodélico e colorido para as peças. Destaque para as estampas grandes e coloridas em vestidos míni ou longos.

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Balada

Na noite de quinta-feira, a cena noturna carioca foi agitada pelo desfile-balada da grife de beachwear Blue Man, no luxuoso hotel Copacabana Palace. A enorme passarela iluminada em verde cítrico tomou os três novos salões do hotel, depois assumidos por DJs que levaram a festa até o raiar do dia.

Antes da balada, o desfile da Sandpiper agitou as fãs com a presença do modelo Paulo Zulu. O ator Dado Dolabella não arrancou tantos gritinhos. As roupas seguiram a linha informal urbana, com cara e jeito de cidade de praia. Já a masculina Reserva usou o Second Life – ambiente virtual no qual as pessoas criam personagens, que é a nova mania na internet – como pano de fundo, passando no telão um desfile virtual – embalado pelo Menino do Rio de Caetano – antes do real.