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De ginásio de esportes depredado para centro de inclusão digital. Assim é o Casa Brasil, projeto do governo federal, que será inaugurado hoje, às 17 horas, no Jardim Paraíso, em Ponta Grossa. Os cinco módulos do projeto foram erguidos no antigo ginásio que foi alvo fácil de vândalos no passado. Com a participação da comunidade, a iniciativa, que já existe em 131 unidades, sendo quatro no Paraná, saiu do papel neste ano.

O Casa Brasil funciona por meio dos cinco módulos: um telecentro com 20 computadores ligados à internet em banda larga, laboratório de informática para manutenção e conserto de computadores, biblioteca comunitária, auditório para cursos de qualificação profissional e laboratório multimídia. Alguns módulos, como o auditório, estão em funcionamento desde julho, mas outros, como o laboratório multimídia, ainda dependem da chegada de equipamentos.

O programa foi solicitado pela prefeitura ao Ministério de Ciência e Tecnologia, que investiu R$ 380 mil no empreendimento. Cerca de R$ 60 mil foram usados apenas na reforma do ginásio, que já havia sido reformado três vezes em apenas cinco anos devido ao vandalismo.

"Os trabalhadores que consertaram o telhado disseram que havia pelo menos umas 20 marcas de tiros no teto", lembra o administrador do projeto, Armando Ramos Monteiro.

O antigo prédio era usado para encontros de gangues e usuários de drogas. "Agora mudou da água para o vinho", observa Eonir Barcellos, tesoureiro da Associação de Moradores do Jardim Paraíso, que ontem pintava os bancos para a inauguração.

Segundo o secretário municipal de Qualificação Profissional, Simão Stafzczak, a garantia de que o prédio não será mais depredado é a aceitação da própria comunidade. Mas, por precaução, o entorno do ginásio ganhou gradil para evitar a entrada de estranhos e o portão permanece trancado. Ao todo, a Casa Brasil atenderá a 15 mil pessoas da região do Jardim Paraíso, que fica a 14 quilômetros do Centro e é considerado um dos bolsões de pobreza da cidade.

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