Uma premiação mostrou na terça-feira, em São Paulo, histórias reais que revelam como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é capaz de transformar vidas. O concurso "Causos do Eca" reuniu 20 finalistas de todo o país, que contaram situações em que a legislação na área da infância foi fundamental para cessar violações de direitos. Os textos foram reunidos em um livro e os primeiros colocados de cada categoria receberam R$ 15 mil. A iniciativa é da Fundação Telefônica e tem o objetivo de difundir o ECA.
Na categoria "ECA como Instrumento de Transformação", o vencedor foi Wilson Ricardo Coelho Tafner, de São Paulo. Na crônica ele abordou as dificuldades dos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas. Na categoria "ECA na Escola", a primeira colocação ficou com a gaúcha Mirian Teresinha Zimmer Soares, que relatou as mudanças ocorridas em uma escola após o debate sobre o ECA. O causo da professora paranaense Ângela Regina Ramalho Xavier, de Maringá, teve menção honrosa nesta categoria.
Ângela conta como a vida de crianças e adolescentes hospitalizados mudou após a criação da Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar (Sareh). Desde 2007, os meninos e meninas que estão em tratamento de saúde e precisam se afastar da sala de aula não ficam mais sem estudar. A iniciativa pioneira do Paraná faz com que uma equipe de professores e pedagogos vá até os hospitais para que as crianças não percam o ano letivo. "Se o aluno não pode ir à escola, a escola vai até ele, e tudo isso por conta de uma palavrinha chamada direito", escreve a professora.