O extintor tipo ABC: produto obrigatório, mas em falta na praça| Foto: Juliano Pedrozo

Devido à falta do extintor ABC em todo o Brasil, o Departamento Nacional de Trânsito prorrogou em 90 dias a exigência do equipamento– a norma passa a valer a partir de abril. Desde o dia 1.º de janeiro de 2015, todos os carros que circulam no país deveriam ter extintores de incêndio com carga de pó ABC, que tem ação mais ampla no combate ao fogo.

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Com a prorrogação, o motorista flagrado sem o extintor não poderá ser punido. Depois de expirado o prazo, o condutor que não tiver o produto no carro poderá ser multado em R$ 127,69 e irá acumular cinco pontos, além de ter o veículo retido. O valor médio dos modelos de 1 quilo é de R$ 60. O extintor de incêndio é de uso obrigatório nos veículos automotores, elétricos, reboque e semirreboque, segundo o artigo 105 do Código de Trânsito Brasileiro.

Até 2004, os carros fabricados em território nacional eram equipados com extintores de pó químico tipo BC, mas após uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (157/2004), os novos veículos passaram a sair da fábrica já equipados com o modelo ABC.

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Em falta

O extintor do tipo ABC passou a ser item obrigatório em todos os carros que circulam pelo país este ano, mas desde dezembro de 2014 se tornou equipamento raro em postos e lojas especializadas. Como relata o proprietário do posto de combustíveis Jardim Botânico, Pedro Millan, o produto está em falta e sem qualquer previsão de quando o extintor voltará ao mercado. "Os revendedores nos contam que as fábricas fecharam para o período de férias coletivas e que a grande procura esgotou os estoques", conta Millan.

O Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Lojas de Conveniências do Estado do Paraná (Sindicombustíveis-PR) voltou à ativa nesta segunda-feira, depois dos recessos de fim de ano, e não tem nenhuma informação sobre a falta dos extintores ABC.

De acordo com dois revendedores ouvidos pela reportagem, e que pediram anonimato, temendo represálias, os fabricantes dos extintores não se prepararam para a demanda e agora não dão conta de produzir. "Há seis meses a indústria só entrega os pedidos a partir de 90 dias. Pedidos feitos há mais de um ano só serão entregues em março", confidencia um revendedor. A reportagem tentou entrar em contato com as fabricantes Kidde Brasil e Resil, mas não obteve sucesso até as 17h10 desta segunda.

A Polícia Rodoviária Estadual do Paraná (PRE-PR) não se pronunciou até as 17h20 desta segunda sobre como vai fazer a fiscalização.

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