O Ministério Público do Paraná (MP) confirmou a fraude dos médicos que recebiam por plantões não realizados em Paranaguá, no litoral do estado. As irregularidades ocorreram no Hospital Regional do Litoral entre julho de 2005 e abril de 2006, quando o então diretor-clínico do hospital, Fabio Giovanni Dilda, denunciou os desvios. Além dos "plantonistas fantasmas", também houve a comprovação de que médicos recebiam valores cheios por plantões incompletos ou não presenciais. As investigações comprovaram desvio de R$ 400 mil.
De acordo com Ana Paula Pina Gaio, promotora responsável pelo caso, a denúncia envolvendo 10 médicos, entre eles o ex-chefe da regional de saúde de Paranaguá e um funcionário de recursos humanos, chegou ao MP em 2007. "Todos os médicos envolvidos foram investigados separadamente, pois cada caso apresentava aspectos diferentes dos demais", observou.
Esquema
O esquema para fraudar os plantões funcionava com a falsificação da assinatura do diretor-clínico do hospital, responsável por conferir e atestar as informações contidas nas fichas dos plantonistas e repassá-las à regional, que calcula o valor do pagamento dos médicos. Informações contidas nas fichas, como o número de plantões feitos mensalmente, a assinatura de frequência e a conta bancária dos médicos, eram adulteradas na regional de saúde.
Segundo o MP, seis dos médicos nunca fizeram plantões no Hospital Regional do Litoral. "Um dos médicos afirmou que ficava na casa de uma amiga e era chamado somente quando necessário", observou a promotora. O MP ajuizou ações individuais contra nove médicos plantonistas por improbidade administrativa. O ex-chefe da regional e o funcionário figuram em todas as ações. As investigações devem apurar ainda a responsabilidade criminal dos envolvidos.
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