O Paraná teve seu primeiro caso de febre maculosa no Paraná registrado em agosto. A informação foi confirmada nesta quinta-feira pela Secretaria Estadual da Saúde, segundo a Agência Estadual de Notícias. O paciente, de 47 anos, mora em Curitiba, mas foi infectado em um haras em São José dos Pinhais, região metropolitana. Ele recebeu o tratamento a tempo de ser curado. A Secretaria informou ainda que está adotando medidas para controlar doença.
A febre maculosa é uma doença febril infecciosa aguda, causada pela bactéria do gênero Rickttesia (R. rickteesii) e transmitida por carrapatos infectados. Os principais são os da espécie Amblyomma cajannense, popularmente conhecidos como carrapatos-estrelas.
Segundo o diretor do Centro de Saúde Ambiental do estado, Natal Jataí, médicos e técnicos das 22 Regionais de Saúde estão sendo treinados para diagnosticar com rapidez não só a febre maculosa, mas um grupo de doenças com sintomas iniciais semelhantes, como malária, dengue, febre tifóide, leptospirose, hantavírus, hepatites virais e febre purpúrica brasileira, entre outras.
CuidadosA população deve cuidar para que animais como cães, cavalos e bois fiquem livres de carrapatos, por meio do uso de carrapaticidas. Também é importante conservar áreas de vegetação perto de residências sempre limpas e evitar permanecer em locais suspeitos de infestação de carrapatos.
No caso da necessidade de freqüentar estas áreas, usar sapatos fechados, calça e camisas de mangas compridas de cores claras para facilitar a visualização do carrapato.
ContatoSe o carrapato aderir à pele, a Secretaria aconselha que o animal seja retirado por inteiro. Na presença de sintomas, procurar urgente o serviço de saúde mais próximo. Para transmitir a doença, o carrapato precisa ficar em contato com o ser humano por, no mínimo, quatro horas.
TransmissãoA transmissão ocorre pela picada do carrapato infectado e também através de lesões na pele, pelo esmagamento do carrapato. A doença não é transmitida de uma pessoa para outra.
SintomasA doença pode ser assintomática, ou seja, não apresentar sintomas, mas também pode apresentar sintomas leves ou graves, evoluindo para a morte por causa de complicações hemorrágicas.
Na fase inicial é de difícil diagnóstico, pois os sintomas não são específicos, tais como febre, cefaléia, mal-estar geral, náuseas e vômitos. Entre o segundo e o sexto dia da doença, surgem manchas hemorrágicas predominantemente nos braços e pernas.
Nos casos graves, pernas e braços ficam inchadas, pode ocorrer insuficiência renal aguda, tosse, edema pulmonar, pneumonia e derrame pleural, manifestações neurológicas e hemorrágicas digestiva e pulmonar. Se tratada a tempo, a febre maculosa é benigna, podendo ser curada em até dez dias.
Histórico da doençaOs primeiros relatos da doença no Brasil são de 1929. Desde 1995 até hoje foram notificados 386 casos no país, com mais de cem mortes, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Espírito Santo e Minas Gerais.
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