O confronto começou por volta das 16 horas desta quarta-feira (12)
A PM usou spray de pimenta e armas de taser, enquanto os sem-terra jogaram pedras e paus
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Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) entraram em confronto com policiais na Praça dos Três Poderes, em Brasília, durante manifestação nesta quarta-feira por mais agilidade do governo na reforma agrária, deixando mais de 40 feridos.

De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, 30 policiais foram feridos, sendo oito gravemente, ao serem atingidos por pedras, pedaços de pau e barras de ferro. O MST disse que o confronto deixou 12 manifestantes feridos.

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A presidente Dilma Rousseff receberá na quinta-feira representantes do MST que acusam o governo de ter feito poucas desapropriações de terras nos últimos anos.

"A Polícia Militar acompanhou toda a manifestação, que teve início à 1h da tarde na Catedral de Brasília e seguiu até a Embaixada dos Estados Unidos. Em seguida, os integrantes do MST se deslocaram para a Praça dos Três Poderes, onde começou a confusão", afirmou a corporação em nota. A Polícia usou bombas de gás para conter o tumulto, segundo a Agência Brasil.

O MST disse em nota que o conflito ocorreu porque um grupo de policiais impediu "sem nenhuma justificativa, que os Sem Terra retirassem do bagageiro do ônibus materiais que seriam utilizados nas intervenções teatrais".

Os manifestantes, que participavam da marcha em comemoração aos 30 anos do movimento, se concentraram na Praça dos Três Poderes e ameaçaram invadir o Supremo Tribunal Federal, que decidiu cancelar a sessão desta quarta-feira por segurança.

A manifestação reuniu 15 mil participantes, segundo cálculos da Polícia, e 16 mil, de acordo com MST.

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Segundo o movimento, o país vive um dos piores períodos da reforma agrária, em que "apenas 7.274 famílias foram assentadas em 2013, a partir da desapropriação de 100 áreas, em 21 Estados".

"Durante todo o governo Dilma, apenas 176 desapropriações de terra foram realizadas, desempenho que só perde para os três anos do período Collor, quando 28 áreas foram desapropriadas", afirmou o grupo em sua página na Internet.