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Cascavel – Cinco sem-terra foram feridos com tiros de bala de borracha durante um confronto com policiais militares na manhã de ontem, em Quedas do Iguaçu, no Centro-Oeste do Paraná. Um policial foi ferido na perna. O confronto ocorreu durante a desocupação das 250 famílias acampadas, desde 20 de setembro passado, na Fazenda Dona Hilda. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) acusa a Polícia Militar (PM) de violência durante o despejo.

A operação começou às 6 horas e até o fim da tarde de ontem não havia acabado. A ação envolveu 700 policiais de diversos batalhões do estado. De acordo com a PM, o confronto ocorreu no meio da manhã, quando um grupo de 150 sem-terra oriundo do Assentamento Celso Furtado, localizado na Fazenda Araupel, se dirigia pela BR-473 para reforçar a resistência dos colegas acampados na Fazenda Dona Hilda.

Os policiais montaram um bloqueio no trevo de acesso entre Quedas do Iguaçu e Cruzeiro do Iguaçu para impedir o avanço dos sem-terra, que estavam sendo levados em dois caminhões, uma caminhonete e um ônibus. Diante do bloqueio, o confronto foi inevitável. Ainda não se sabe quem iniciou a violência.

Os feridos receberam atendimento no Pronto-Socorro Municipal de Quedas do Iguaçu e foram liberados depois dos procedimentos médicos. De acordo com o hospital, as balas de borracha causaram hematomas. A operação também culminou com a prisão por desobediência e desacato dos sem-terra Claudecir Scarfi e Osni Antônio de Souza.

Após, o confronto os sem- terra bloquearam a rodovia que liga Quedas do Iguaçu a Usina do Salto Osório, para protestar contra a suposta truculência da polícia durante o despejo das famílias. O comandante da operação, major Davi Faustino, não foi localizado pela reportagem para falar sobre a denúncia. A Fazenda Dona Hilda, com 2.040 hectares, pertence a Edson Bianchi, empresário de Pato Branco. Segundo ele, a fazenda é produtiva com as atividades de pecuária e plantio de grãos.

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