Mais um protesto foi realizado nesta quarta-feira, 17, nas imediações da casa do governador Sérgio Cabral (PMDB), no Leblon zona sul do Rio, e terminou em confronto entre policiais militares e manifestantes. A polícia usou bombas de gás e balas de borracha para dispersar os manifestantes. Quatro PMs ficaram feridos e sete pessoas foram presas. Agências bancárias, lojas e pelo menos uma banca de jornal foram depredadas e barricadas foram montadas com lixo incendiado. O grupo gritava contra o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes e criticava o uso de verba pública na Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Faltou luz em vias do bairro. Um boneco representando o governador foi incendiado.
Meia hora antes do início do conflito com a PM, outro grupo de 80 manifestantes havia atacado um prédio da TV Globo, na Rua Bartolomeu Mitre, onde funciona o departamento jurídico da emissora. Vidros foram quebrados e tinta branca acabou lançada na fachada. Até o início da madrugada, a polícia tentava conter os manifestantes e impedir atos de vandalismo, mas a confusão continuava. Os manifestantes se dispersavam pela região e chegavam a Copacabana. O ato, que reuniu cerca de 800 pessoas, começou por volta das 17h30 e permaneceu pacífico até as 22h15 - foi o sexto desde o início das manifestações de rua, em junho. O trânsito na Avenida Delfim Moreira foi interditado às 18h.
Por volta das 22h45 ocorreu o primeiro confronto entre manifestantes e policiais, na esquina da Rua Aristides Espínola com a Avenida General San Martin. A PM reagiu com bombas de gás e tiros de balas de borracha e partiu em perseguição aos manifestantes. A confusão se espalhou pelo bairro. Enquanto fugiam da PM, os ativistas incendiavam lixo e saqueavam lojas. A PM lançou bombas de gás lacrimogêneo em bares. À 0h40, a manifestação já havia se dispersado, mas pequenos grupos incendiavam sacos de lixo.