O protesto contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo foi marcado por confrontos entre os manifestantes e policiais militares. Eles reivindicam a diminuição dos preços das passagens de ônibus, trens e metrô. Um grupo usou lixeiras e pedras para destruir as vidraças de uma agência bancária na Rua Tabatiguera, próxima a Praça da Sé. Na Rua Silveira Martins, o diretório do PT também foi apedrejado.
A Tropa de Choque da Polícia Militar (PM) usou bomba de efeito moral para dispersar os manifestantes, após o confronto no terminal de ônibus do Parque Dom Pedro. Com isso, grande parte dos participantes do ato subiu para a Avenida Paulista.
A manifestação teve início, no fim da tarde, com uma concentração no fim da Avenida Paulista. Depois saiu em passeata pela Rua da Consolação. Em seguida, os participantes bloquearam completamente a Avenida Radial Leste, pegaram a Avenida Liberdade, passando pela Praça da Sé. Na Avenida Rangel Pestana, um pequeno grupo apedrejou e queimou um ônibus elétrico que estava estacionado. No Parque Dom Pedro, eles foram impedidos pela polícia de entrar no terminal de ônibus.
"Nós montamos uma linha para proteger o terminal, e eles passaram agredir os policiais, jogando pedras, coquetel molotov, lixeira. Jogando tudo e partindo para cima dos policiais. Então, não houve outra saída a não ser dispersar o grupo", disse o tenente coronel Pignatari, que comandou o policiamento que acompanhou os manifestantes. "Eles queriam invadir o terminal e incendiar ônibus", completou. Durante o tumulto, alguns passageiros desceram dos ônibus e correram assustados no meio da confusão. Pelo menos um manifestante foi preso.
Além da ação de hoje, o Movimento Passe Livre (MPL) organizou duas manifestações na semana passada, onde também ocorreram confrontos com a polícia. Um novo ato está marcado para a próxima quinta-feira (13).
O movimento informou, por meio de nota, que pediu uma audiência com o prefeito Fernando Haddad para negociar a reversão do reajuste de R$ 3 para R$ 3,20 na tarifa dos ônibus, que entrou em vigor na semana passada. As passagens de trem e metrô também sofreram o mesmo reajuste, mas são de competência do governo estadual. "O MPL não é o dono das mobilizações contra o aumento. Esta é uma luta ampla e popular com uma reivindicação única, clara e simples: a redução da tarifa de ônibus de R$ 3,20 para R$ 3. É isto que exigem as pessoas que saem para protestar nas ruas", diz o comunicado.
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