Atualizado em 6/06/2006 às 19h40
O segundo dia da greve dos servidores da Prefeitura de Maringá, no Noroeste do Paraná, foi de muita confusão e troca de acusações entre o Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (Sismmar) e a Prefeitura da cidade. Em diferentes pontos do município, os manifestantes organizaram piquetes para bloquear a entrada de funcionários e da população. Os dois lados alegam que agressões contra grevistas e servidores que queriam trabalhar foram registradas na polícia.
Logo na manhã desta terça-feira (6), uma creche foi fechada pelos manifestantes. Em outros prédios públicos, os funcionários que queriam trabalhar também foram impedidos de entrar. Em frente à prefeitura, mais confusão. Muito irritado, o advogado do município, Laércio Ribeiro, decidiu enfrentar os manifestantes. Ao furar o bloqueio, ele derrubou duas funcionárias.
Durante a tarde, os grevistas fizeram uma passeata pelo Centro de Maringá e, em seguida, foram ao plenário da Câmara de Vereadores, que estava em sessão. Mesmo com uma ordem judicial que garantia o acesso da população e dos servidores nos prédios municipais, o Sismmar bloqueou as entradas com piquetes. De acordo com a Justiça da cidade, a ordem é que os manifestantes devem ficar a uma distancia mínima de 50 metros dos locais de acesso aos prédios públicos, para garantir a entrada das pessoas.
Na maioria das situações, a população desistiu de entrar nos locais bloqueados pelos grevistas. O comando da greve informou que deve decidir nas próximas horas se a partir desta quarta-feira (7) os manifestantes vão cumprir as liminares da Justiça. A greve teve início na segunda-feira. Os servidores pedem um reajuste salarial de 16%, além da criação de um plano de cargos e salários. A prefeitura, porém, oferece um aumento bem menor, de 5 %. A paralisação deve seguir por tempo indeterminado, segundo o Sismmar.