Congestionamentos voltam a ficar acima da média; veja o trânsito em tempo real

No terceiro dia de greve do transporte coletivo em Curitiba e sem o cumprimento da frota mínima no horário de pico da manhã desta sexta-feira (17), o trânsito da cidade mais uma vez engarrafou. De acordo com dados da empresa MapLink, a capital tinha 115 quilômetros de vias congestionadas às 8 horas de hoje. Esse índice caiu para 95 quilômetros às 9 horas, mas a média de congestionamento para os dois horários não ultrapassa os 70 quilômetros.

TEMPO REAL: Acompanhe informações da greve do ônibus em Curitiba

Com apenas um quarto dos ônibus nas ruas, muitos optaram mais uma vez por tirar o carro da garagem para ir ao trabalho. De acordo com o monitoramento feito pelo Centro de Controle Operacional da Urbs e do Setran, havia excesso de veículos por volta das 9h20 na Prefeito Lothario Meissner – via de ligação para quem vem da BR-277 para o Jardim Botânico e centro de Curitiba – e na Avenida Presidente Affonso Camargo, desde o acesso da Rua Sanito Rocha, no Cristo Rei, até a Rua Schiller, pouco antes da Rodoferroviária.

Ainda de acordo com o monitoramento da prefeitura, o motorista também enfrenta muita lentidão na Rua Mateus Leme, na pista sentido centro, no cruzamento com as ruas Carlos Pioli e deputado Mário de Barro. Situação atípica vive quem trafega neste horário na Avenida Visconde de Guarapuava. O CCO mostra que o tráfego está “muito tranquilo” em todo o trajeto dessa via, com movimento um pouco maior na pista da esquerda, entre as ruas da Paz e doutor Faivre.

Durante o horário de pico, entre 7 e 9 horas desta sexta, os motoristas enfrentaram maior congestionamento na Rua Eduardo Carlos Pereira, a rápida que liga o Portão ao Centro, na Manoel Ribas, também sentido Centro, e no cruzamento da Avenida Presidente Kennedy com a Rua Marechal Floriano Peixoto.

Greve

A greve de motoristas e cobradores de ônibus é por tempo indeterminado. Os trabalhadores pedem um reajuste de 15% nos seus salários e as empresas de ônibus ofereceram a reposição da inflação, que ficou em 5,43% para o calendário do setor. Os dois lados têm uma reunião agendada para esta sexta-feira, a partir das 15 horas, no Tribunal Regional do Trabalho.

A Justiça do Trabalho determinou que o Sindimoc coloque funcionários em quantidade suficiente para que 50% da frota opere nos horários de pico e 40% fora deles enquanto perdurar a greve. Na manhã desta sexta-feira, porém, a prefeitura afirmou que 23% da frota estava em operação às 7 horas. Nas duas horas seguintes, esse porcentual havia subido para 40% -- ainda abaixo do estipulado pelo justiça.

O Sindimoc argumentou que todos os funcionários ficaram à disposição das empresas nas garagens, mas algumas viações não estavam dando a escala de trabalho. O Setransp, sindicato que representa as concessionárias do setor, diz, por sua vez, que o impasse envolve representante do Sindimoc, que estariam nas empresas para tentar convencer os trabalhadores a não saírem para a rua. O Sindimoc nega, no entanto, que tenha ocorrido piquetes nas empresas nesta manhã.