O número de passageiros no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, aumentou no primeiro semestre deste ano pela primeira vez desde o acidente com o Airbus da TAM - que matou 199 pessoas em 2007. De janeiro a junho, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) registrou 7,2 milhões de usuários em Congonhas, ante 6,3 milhões nos seis primeiros meses de 2009. Em 2008 foram 6,8 milhões e no ano da tragédia, 8,9 milhões no mesmo período em comparação.

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Desde o acidente, São Paulo enfrenta um rearranjo no sistema aéreo. O governo decidiu diminuir a quantidade de pousos e decolagens em Congonhas, mas sobrecarregou os aeroportos de Guarulhos e Viracopos, em Campinas. "Se não fosse Viracopos, 4 milhões de passageiros utilizariam Guarulhos e Congonhas. Seria muito difícil", diz Oswaldo Sansoni, professor de Engenharia Civil do Instituto Mauá de Tecnologia.

A Infraero informou que, desde 2003, o Aeroporto de Congonhas passa por obras para atender ao aumento de demanda. Há um estudo para ampliar o número de balcões de check-in. Segundo nota enviada pela empresa, a proposta "prevê um aumento de mais 20 posições". Com essa medida, a empresa espera "aumentar o nível de conforto dos usuários".

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A Infraero ainda ressalta que foram realizadas duas obras no terminal de passageiros, um edifício garagem foi construído e a nova sala de desembarque foi inaugurada. Já o Ministério da Defesa informou que realiza expansões nos aeroportos de Guarulhos e Viracopos. Até 2013, a Infraero promete ampliar a capacidade de Guarulhos, por exemplo, em até 6,5 milhões de passageiros.

Horários

Em vez de Congonhas operar das 6 horas às 23 horas de segunda-feira a sexta-feira, como é hoje, a Prefeitura quer que o funcionamento seja das 7 horas às 22 horas; e, no fim de semana, das 9 horas às 22 horas. A medida reduziria o movimento de pousos e decolagens em quase 12% - 62 operações a menos. O prazo para que o horário de Congonhas fosse alterado venceu em 5 de abril. Mas, para Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Infraero, é de responsabilidade da União controlar o funcionamento do aeroporto.