Um forte esquema de segurança começa a ser montado no Congresso Nacional à espera das manifestações previstas para esta quinta-feira (20) em Brasília. A Polícia Militar já começa a se posicionar no entorno do prédio. Para proteger as dependências da Câmara e do Senado, estão sendo distribuídos na área em volta veículos e tropas de cavalaria, além de policiais que farão o isolamento a pé.
A Polícia Legislativa do Senado também fez reunião no início desta tarde para definir procedimentos para o momento em que os manifestantes chegarem ao gramado em frente ao Congresso. Segundo o diretor da Polícia Legislativa, Pedro Carvalho, o objetivo é que eles fiquem no gramado em frente ao Palácio do Congresso Nacional, local destinado a acolher manifestações. O espelho dágua em frente à rampa que divide as cúpulas da Câmara e do Senado deverá ser o limite.
Carvalho não quis adiantar quantos integrantes da Polícia Legislativa estarão disponíveis para fazer a proteção do prédio e também não soube informar quantos policiais militares estarão envolvidos na operação. Ele garantiu que não houve alteração na rotina de trabalho dos funcionários do Senado e disse que nenhuma medida extra de segurança será tomada para proteger o patrimônio dentro das instalações da Casa.
Uma nota foi enviada aos servidores solicitando apenas que evitem estacionar ao longo das vias N1 e S1, que formam o Eixo Monumental, no momento dos protestos. A mesma nota avisa que o Salão Negro e a Chapelaria do Congresso serão isolados, impossibilitando inclusive o acesso da imprensa.
Uma exposição de arte neobarroca de Minas Gerais que ocorria no Anexo 1 do Senado foi retirada e as imagens de santos foram guardadas. "Eu pedi orientação à segurança da Casa e achei que é melhor prevenir que remediar", disse o responsável pela exposição, Said Santiago.
Na Câmara, uma exposição permanente de obras de arte presenteadas por chefes de Estado aos presidentes da Casa também foi retirada do Salão Verde. Entretanto, obras maiores, como a grande tela Alegoria de Brasília, de Di Cavalcanti, e a estátua O Anjo, de Alfredo Ceschiatti, permanecem sem proteção adicional no mesmo salão.
O presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), está na Casa e preside a sessão não deliberativa do Senado até o momento. Assim como ele, dez senadores também permanecem no plenário fazendo discursos e comunicados.
Pelo menos duas manifestações estão previstas para hoje em Brasília. Em frente ao Museu da República estão reunidos os manifestantes que sairão no protesto chamado de Acorda Brasília. Às 18h30 o Movimento Passe Livre se concentrará na Rodoviária do Plano Piloto para iniciar outro protesto. A expectativa é que todos eles se reúnam em frente ao Congresso Nacional.
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