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Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs) de Curitiba e de Guarapuava questionaram ontem a legitimidade da Uniconseg, instituição que acusa a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) de deixá-los à mingua por falta de apoio. Em contrapartida, o presidente do conselho de Piraquara, Álvaro Eduardo dos Santos, saiu em defesa do presidente da Uniconseg, Sérgio Skiba, que diz representar essas entidades no estado. Anteontem, na Gazeta do Povo, Skiba acusou a assessoria comunitária da Sesp (responsável pelo setor) de ter "matado" metade dos conselhos do Paraná.

A Sesp nega a acusação, afirma que existem 121 Consegs em atividade e alega que alguns estavam sendo usados como palanque político. Numa tréplica, Skiba acusou o ex-coordenador da assessoria comunitária, Benjamim Zanlorenci, de ter usado a máquina do estado para se promover junto aos Consegs e lançar-se como candidato a deputado federal nas últimas eleições. Zanlorenci foi mesmo candidato, pelo PPS, mas nega que tenha usado a estrutura do governo a seu favor. "Ele (Skiba) não tem autoridade nenhuma para falar em nome dos Consegs", disse.

Zanlorenci não tem mais vínculo com o Palácio Iguaçu, mas diz que a Uniconseg nunca teve o reconhecimento do governo. De acordo com Skiba, muitos conselhos estão aderindo à entidade. "Quem tem mágoas e discriminação para com a Uniconseg é a própria coordenação dos Consegs, pois nós sempre estamos juntos com os comandos das polícias Civil e Militar em ações comunitárias", destaca.

Mas essa representação da Uniconseg é questionada. O presidente do conselho de Guarapuava, Valcenor Leopoldo Fleck, concorda que há um pouco de descaso do governo, mas não se pode cruzar os braços à espera de dinheiro oficial. Segundo ele, em dois anos a entidade local conseguiu R$ 200 mil em doações e convênios, usados em diversas obras e serviços na segurança pública de Guarapuava.

Os protestos vieram também da capital. "O Conseg do bairro Água Verde, fundado em 2003, jamais participou e não tem intenção de participar da Uniconseg", disse o diretor José Gil de Almeida. Segundo ele, a instituição nunca recebeu e nem quer receber dinheiro da Sesp. Ele afirma que a secretaria tem apoiado os Consegs e promovido a integração com as polícias.

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