O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso| Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse que conseguiu sobreviver em Brasília (DF) nos últimos 11 anos em que ocupa uma cadeira no Supremo sem realizar troca de favores.

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A declaração fez parte do discurso proferido por Barroso durante cerimônia de posse da nova diretoria da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), nesta quarta-feira (5).

“A democracia e a Justiça precisam de juízes independentes, de juízes corajosos, que não possam ser intimidados e que sejam imunes a retaliações […] O universo protege aqueles que se movem com bons propósitos, tanto que consegui sobreviver em Brasília nesses 11 anos sem fazer favor, diante de todo e qualquer caso eu paro e penso o que é certo”, afirmou Barroso.

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Além de Barroso, participaram da solenidade o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, ministros do STJ, a vice-governadora do DF, Celina Leão, presidentes de TRFs, juízes e desembargadores.

Em outro trecho do discurso, Barroso disse que o judiciário “desempenha um papel de protagonismo” em um cenário de “epidemia de judicialização” no Brasil.

“Nesse cenário de judicialização, a Justiça Federal desempenha um papel de protagonismo […] Mesmo assim, no CNJ, com o apoio de todos os conselheiros, temos nos empenhado para aumentar a eficiência da Justiça”, disse.

Como prova, Barroso citou dados do relatório “Justiça em Números” do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgado no mês passado. De acordo com o documento, 34,9 milhões de processos tiveram julgamento definitivo em 2023. O dado representa um crescimento de 6,9% em relação a 2022. 

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