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Educação

Conselho deve vetar mudanças no ensino

O Conselho Estadual de Educação (CEE) do Paraná ainda não oficializou, mas o pedido feito pelas escolas particulares para flexibilizar mais uma vez as regras de implantação do novo ensino fundamental de 9 anos a partir de 2007 deve ser rejeitado nesta semana. A informação foi repassada por um conselheiro, que pediu para ficar no anonimato. Os conselheiros estão reunidos em Curitiba desde a última segunda-feira para a plenária mensal, que analisa e põe em votação regulamentações e normas referentes à educação no estado.

O Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe) já foi informado da decisão, mas também aguarda o parecer final do CEE, que deve ser divulgado na sexta-feira, para se manifestar. O Sinepe queria, entre outras reivindicações, que o conselho autorizasse a matrícula dos alunos que estão no Jardim 2 em 2006 no 1.º ano do ensino de 9 anos em 2007. Pela regra aprovada pelo CEE, estes alunos devem ser matriculados no Jardim 3 no ano que vem. Segundo o conselheiro, a intenção do conselho ao rejeitar novas mudanças é pôr fim à polêmica.

Congresso

Ontem, o ensino de 9 anos esteve em pauta também no 6.° Congresso Nacional de Educação (Educere), promovido pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Em uma palestra, a doutora em Educação e integrante do CEE, Lílian Anna Wachowicz, abordou os impactos da ampliação do ensino fundamental e apontou vantagens como a maior permanência da criança na escola, a melhoria no processo de aprendizado e o aumento da escolaridade dos alunos.

"Já era tempo mesmo de pensar nessa ampliação", concorda a professora de Pedagogia e Sociologia da PUCPR, Maria Sílvia Bacila Winkeler, que acompanhou a palestra de Lílian e participou do debate sobre o assunto logo em seguida. Segundo ela, no entanto, a fase de implantação do novo modelo requer cuidados para que os alunos que já estão em curso não sejam prejudicados. "Acho que o conselho tem que reger prazos e questões legais para que a adequação aconteça da melhor maneira possível", opina.

Para a diretora do curso de Pedagogia da PUCPR e coordenadora do congresso, Elisa Machado Matheussi, a medida beneficia as crianças mais carentes. "Quanto antes elas entrarem na escola, melhor", diz. Com a nova lei, a matrícula das crianças no ensino fundamental passa a ser obrigatória aos 6 anos de idade e não mais aos 7 anos.

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