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Congresso

Conselho não quer novas denúncias

Brasília – Integrante do trio de relatores do processo contra Renan Calheiros (PMDB-AL), a senadora Marisa Serrano (PSDB- MS) disse ontem que, a princípio, o Conselho de Ética não vai investigar denúncia de que o presidente do Senado teria beneficiado a Schincariol depois que a cervejaria comprou uma fábrica de seu irmão, deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL).

Ela afirmou que seria necessário abrir um novo processo. "Fomos convocados para relatar aqueles itens que estão na representação do PSol. Para isso seria uma nova representação com novos relatores’’, disse.

O PSol, no entanto, quer que a denúncia sobre a Schincariol seja investigada no processo já aberto. "Esse é um fato conexo, que tem a ver com honestidade e quebra de decoro’’, disse José Nery (PSol-AL).

De acordo com a revista Veja, a Schincariol comprou por R$ 27 milhões uma fábrica do irmão de Renan, em Murici (AL), quando o negócio estaria prestes a fechar. Segundo especialistas ouvidos pela revista, o preço estaria acima do de mercado. Depois da transação ser concluída, Renan teria conseguido suspender a cobrança de uma dívida de R$ 100 milhões da cervejaria com o INSS e uma outra, também milionária, com a Receita Federal.

O conselho tem tentado investigar apenas se Renan teve despesas pessoais pagas por um lobista da empreiteira Mendes Júnior. Cláudio Gontijo entregava R$ 12 mil mensais para a jornalista Mônica Veloso, com quem o senador tem uma filha. O presidente do Senado afirma que o dinheiro era seu. Apesar de constar da representação do PSol, o conselho tem ignorado as relações de Renan com a construtora Gautama, cujo dono, Zuleido Veras, chegou a ser preso acusado de fraudes em obras públicas.

Se não conseguir provas cabais de que Renan teve despesas pagas por Gontijo, o conselho pode considerar quebra de decoro apenas a proximidade do presidente do Senado com o lobista.

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