A negociação para a saída dos estudantes que há 23 dias ocupam o prédio administrativo da Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) registrou mais um impasse ontem. A reunião do Conselho Universitário (Coun), que iria decidir sobre as reivindicações dos estudantes, não foi convocada. Os manifestantes alegam que, caso a proposta fosse aceita pelo Coun, eles deixariam o prédio. Foi a primeira vez que os estudantes sinalizaram uma retirada.
Com multa de R$ 100 por dia de ocupação, definida pela Justiça Federal, os universitários pedem ao Coun para que não sejam punidos. Eles também tentam negociar o agendamento de uma audiência com o juiz para explicar os motivos da ocupação e levar sua pauta de reivindicações. Além disso, pedem uma audiência pública com o reitor Carlos Augusto Moreira Júnior e uma auditoria no prédio, para levantamento dos bens materiais. "Pela reunião do Conselho ou com o juiz, quem resolver primeiro a gente sai", afirma a estudante Gabriela Caramuru.
Segundo o presidente da comissão pela desocupação, Mauro Lacerda, o Coun não foi convocado por causa da agenda do reitor. "Os estudantes apresentaram por escrito as exigências e montamos um documento. Eles pedem que o conselho considere (a ocupação) um movimento político."
Os estudantes esperam que, com o reconhecimento de que a ocupação é um ato político, não haja punições. O procurador federal na UFPR, Marcos Augusto Maliska, porém, aponta que os procedimentos para apurar irregularidades irão continuar. "O movimento transgrediu as regras do Direito. Não é porque é político que não vai ser responsabilizado penal, civil e de forma administrativa." Os nomes dos alunos que participaram da ocupação estão sendo levantados.
Para o secretário do Coun, Dionei José da Silva, será difícil os estudantes saírem antes da eleição para o Diretório Central dos Estudantes (DCE), nos próximos dias 12 e 13. "Os estudantes que ocupam a Reitoria concorrem ao DCE." A outra chapa é contra a ocupação.
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