O Conselho Tutelar do Cajuru afirma ter acompanhado a gestação e o processo de passagem de guarda da mãe que supostamente vendeu uma recém-nascida por R$ 50 e uma cesta básica em Curitiba. O processo da passagem da guarda teria a anuência da mãe, que por sua vez diz ter sido obrigada por familiares a iniciar o processo.

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A investigação policial sobre o caso iniciou-se na quarta-feira (10). O pai da criança prestou queixa na polícia afirmando que sua filha foi vendida pelo avô materno por uma cesta básica e R$ 50 ao mês. Segundo o pai, a mãe ficou presa na casa dos avós três meses antes do parto e sofreu ameaças para doar a criança assim que a tivesse. Depois de sair da maternidade, a mãe teria chegado a conviver por algum tempo com o casal interessado em criar a criança, sempre forçada pelo avô. Três meses depois do nascimento.

Os avós dizem que a mãe nunca quis ter a criança e corroboram com o conselho apontando que a passagem da guarda foi feita legalmente. A criança foi levada para uma cidade na região de Cascavel, região Oeste do estado, por um casal que tem parentesco com uma colega de trabalho da avó da criança.

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Uma conselheira que acompanha o caso, mas prefere não ter o nome divulgado, conta ter ficado "indignada" com a polêmica gerada na mídia. "Muito do que foi dito não condiz com a realidade", afirma. Segundo ela, tudo será esclarecido na sexta-feira (12) quando o casal de Cascavel chega a Curitiba com a criança. O casal teria um pedido de adoção formal tramitando na Justiça. O Conselho Tutelar irá averiguar se realmente houve ilicitude no processo.

A mãe não quis comentar a questão dos documentos que o Conselho Tutelar afirma ter. O pai relata que, independente de quem seja culpado, quer ter a filha. "Pode até ter sido assinado algum papel, mas essa criança tem pai e não foi dada com o meu consentimento", afirma.