Representantes de seis shoppings de Curitiba participaram, ontem à tarde, de uma reunião com o diretor-execeutivo da Associação Brasileira dos Shoppings Centers (Abrasce), Luiz Fernando Pinto Veiga. As assessorias jurídicas dos estabelecimentos estudam entrar com ações na Justiça discutindo a constitucionalidade da lei.

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"Ofende o direito de propriedade. É uma repetição de outros episódios no Brasil onde o poder público tentou ações semelhantes", diz Veiga, citando o caso do Rio de Janeiro, onde uma lei semelhante foi suspensa por uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça daquele estado, no ano passado.

Adaptação

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Enquanto as contestações judiciais não ocorrem, os shoppings de Curitiba devem cumprir a lei. O superintendente do Shopping Estação, Marco Aurélio Jardim Filho, disse que os desconfortos gerados são naturais, uma vez que o estabelecimento precisa fazer uma adaptação fiscal e financeira para cumprir a legislação. "Mas não é nossa culpa, pois o projeto sequer foi discutido", diz.

A gerente de marketing do Crystal Shopping, Lilian Vargas, diz que, por ser uma lei nova, os funcionários ainda estão sendo treinados e que cartazes maiores estão sendo elaborados. Até o fechamento da edição, a assessoria de imprensa do Shopping Mueller não tinha um posicionamento oficial. Já no Shopping Curitiba, o gerente Carlos Torres foi procurado pela reportagem, mas não retornou às ligações.

Em Londrina, a situação é mais grave do que em Curitiba. O principal shopping da cidade, o Catuaí, não está cumprindo a lei. A assessoria de imprensa do Catuaí divulgou nota, com informações atribuídas à Abrasce, afirmando que outras tentativas do poder público de aprovar leis semelhantes à adotada no Paraná tiveram pareceres contrários do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça.