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Toca-discos novos dão dor de cabeça aos fãs de vinil

Diego mostra o toca-discos da tradicional Stanton: modelos novos com peças como contra-peso e anti-skating são boas opções, como o modelo da foto | Diego Kloss/Arquivo Pessoal
Diego mostra o toca-discos da tradicional Stanton: modelos novos com peças como contra-peso e anti-skating são boas opções, como o modelo da foto (Foto: Diego Kloss/Arquivo Pessoal)

Fã das bolachas, o professor e tradutor Miguel Nicolau, de Ponta Grossa, decidiu investir em um toca-discos novo. Ele escolheu um modelo de madeira, “cinco em um” – também toca CDs, fitas e rádio e possui entrada USB. A satisfação com a compra, no entanto, durou pouco, e a experiência com a radiola foi desastrosa: recém-instalada, o alto-falante direito estourou nos minutos iniciais da segunda faixa do vinil estreante.

A odisseia com o toca-discos foi longe. O primeiro aparelho foi substituído por um segundo, que teve de ser trocado por um terceiro. Esse último, acomodado em caixa lacrada, tinha o braço da agulha amassado. Saldo: em pouco menos de duas semanas, R$ 1,4 mil desembolsados, três aparelhos novos defeituosos, dois discos riscados (o aparelho não sustentava o peso dos discos de 180 gramas) e um braço quebrado.

“O aparelho era feito de madeira, pesado e parecia ser bom. Mas o prato do disco e a agulha eram de péssima qualidade; o braço, de plástico, não tinha contrapeso, o motor não aguentava o tranco do vinil de 180 gramas, o disco pulava e a agulha riscava. Tentei três aparelhos, todos apresentaram problemas, aí desisti, voltei na loja, onde me tornei persona non grata, e pedi meu dinheiro de volta. Mas não teve jeito, fiquei com um crédito para gastar em outros produtos”, conta.

O designer gráfico Diego Kloss, 26 anos, é membro do Clube do Vinil de Curitiba e administra o blog “De volta para o vinil”, no qual costuma fazer resenhas sobre toca-discos e orientar quem quer adquirir um aparelho e não sabe como escolher. Crítico feroz dos modelos novos com carinha vintage (“Parecem lancheiras”), Diego garante que o investimento não vale a pena.

“Esses modelos novos têm preço e design convidativos, e a praticidade também é atraente, porque já vêm com o alto-falante embutido, alguns têm entrada USB, tocam CDs, possuem retorno automático. No entanto, não possuem peças primordiais, como contrapeso. A rotação do motor é fraca, fazendo com que as faixas sejam tocadas em ‘slow’; a qualidade da amplificação é baixa; e o braço é de plástico, então a cápsula acaba fazendo pressão excessiva e estragando os discos”, explica, listando os problemas mais comuns encontrados.

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