Apesar de constatar que o consumo de drogas está estável ou em declínio na maior parte do mundo, o Relatório Mundial sobre Drogas 2009, divulgado nesta quarta-feira (24) pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc), ressalta que, em 2007, foram observados aumentos no uso de cocaína no Brasil, Equador, Uruguai, na Argentina e Venezuela, assim como em países da América Central (Guatemala e Honduras) e no Caribe (Jamaica e Haiti).
A América do Sul é responsável por 323 toneladas (45%) do total mundial de apreensões de cocaína. O Brasil é o décimo país do mundo no ranking de apreensões. Foram apreendidas 16 toneladas da droga no país em 2007, contra 14 toneladas em 2006.
O Brasil também é o maior mercado de cocaína da América do Sul em números absolutos, estimado em aproximadamente em 890 mil pessoas ou 0,7% da população entre 12 e 65 anos, um aumento de 0,4% em relação aos dados de 2001. A Argentina é o segundo, estimado em 660 mil pessoas.
Para o Unodc, os números refletem um aumento crescente da importância desses países para o tráfico de cocaína, tanto para satisfazer a demanda interna quanto para reexportar a cocaína para mercados como Europa, África e Região do Pacífico.
O país de trânsito mais importante para o tráfico de cocaína para a Europa, em termos de volume, é a Venezuela, por onde passam 40% da droga transportada. A Colômbia é o país mais citado como origem da cocaína traficada para a Europa, responsável pela produção de 48% do que é apreendido pelos europeus, seguida pelo Peru (30%) e pela Bolívia (18%).
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