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Motor ligado

Consumo doméstico sustentará recuperação

São Paulo – O consumo doméstico deverá ser o motor do crescimento econômico este ano. Empresas de consultoria estimam que a contribuição do setor externo, que empurrou para cima o Produto Interno Bruto (PIB) de 2004, agora deverá ser negativa.

Para a LCA Consultores, o PIB vai crescer 3,8% em 2006. Mas, se dependesse só da demanda interna (consumo das famílias e do governo e investimentos), a expansão chegaria a 4,3%. "O setor externo deverá ter uma contribuição negativa de 0,5 ponto porcentual", afirma o consultor Bráulio Lima Dias, da LCA.

Segundo ele, as exportações devem manter um ritmo forte de crescimento em dólares, já que os preços dos produtos que o país vende lá fora estão favoráveis. "A taxa de câmbio já está se refletindo nos números da exportação brasileira, principalmente de produtos manufaturados. São muitos os setores que não prevêem crescimento da quantidade embarcada neste ano, como é o caso da indústria automobilística, que responde por cerca de 10% das exportações brasileiras".

Já o crescimento das famílias pode ser explicado pelo aumento do salário mínimo, em maio. "O novo mínimo vai representar um aumento real 13% (acima da inflação medida pelo INPC) no poder de compra de boa parte da população."

Números

R$ 25,4 bilhões é quanto o aumento de R$ 50 no salário mínimo vai injetar na economia durante um ano.

39,9 milhões de brasileiros têm seu rendimento referenciado no salário mínimo. Cerca de 16 milhões são beneficiários do INSS.

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