Finalizado em dezembro passado, o projeto de conclusão do Contorno Norte de Curitiba aguarda a aprovação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e do Ibama para ter início. As obras serão tocadas pela concessionária Autopista Régis Bittencourt, que assumiu a responsabilidade pelo trecho ao receber a concessão da BR-116 entre Curitiba e São Paulo, em parceria com o governo do estado.
São 11,6 quilômetros a serem feitos, ligando Colombo (pela Rodovia da Uva) a Pinhais (pela BR-116) atualmente a pista que existe é bastante precária. Um protocolo de intenções chamado de Instrumento de Acordo foi firmado entre a Autopista e a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) para execução do projeto.
Segundo o coordenador da Comec, Rui Hara, a entidade assumirá a construção dos primeiros quatro quilômetros de vias marginais ao contorno (parte a ser construída) que, futuramente, integrarão o Corredor Metropolitano. "Estamos tentando fechar este acordo com a concessionária para que as travessias já sejam feitas. Já o corredor, este depende de verbas do PAC da Mobilidade e é um projeto posterior", explica.
O contorno deverá ter pista dupla separada por barreira. A previsão é de que as obras comecem este ano e sejam finalizadas até o final do ano que vem. A Autopista também deve executar obras de melhoria no acesso norte de Curitiba.
"Estamos preocupados porque a concessionária tem prazo para cumprir esta obra. Precisamos que o projeto seja aprovado o mais rápido possível", diz Hara. Na última segunda-feira, representantes da concessionária pediram ao governador Beto Richa que interceda em Brasília para agilizar a aprovação do projeto.
Procurada pela reportagem, a ANTT não conseguiu responder até o fechamento desta edição qual o prazo para aprovar ou não o projeto.
Corredor
O Corredor Metropolitano a ser feito do Contorno Norte a Araucária vai integrar as áreas industriais de sete municípios da Grande Curitiba. Deve custar cerca de R$ 505 milhões parte da verba estava em tratativa pelo PAC da Copa, mas, como o prazo para a construção com esse recurso era muito curto, pois são 70 quilômetros de estrada a serem feitos, o projeto foi excluído. O governo tenta agora obter verba junto ao PAC da Mobilidade. "O financiamento pelo PAC da Mobilidade previsto até agora é de R$ 27 milhões. Por isso estamos negociando a possibilidade de aumentar esta verba. As obras serão divididas em três lotes", explica Hara.