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Algumas pílulas anticoncepcionais, por possuírem propriedades antiandrogênicas, são capazes de reduzir a ação dos hormônios masculinos responsáveis pela produção sebácea. Como conseqüência atuam no controle da oleosidade do cabelo e da pele, diminuindo também a incidência de acne. No entanto, a dermatologista da UFPR, Fabiana Bren-ner, salienta que o uso do anticoncepcional nunca deve ser a primeira alternativa de tratamento para problemas dermatológicos. "Em casos nos quais não houve resposta a outros tipos de tratamento, e quando é constatado que a o problema é decorrente de distúrbios hormonais, a gente costuma receitar o anticoncepcional, mas sempre com o auxílio de um ginecologista", explica.

A estudante Mônica Cubis, 22, sofria com o excesso de oleosidade no rosto e colo e com acnes nas costas. Em novembro de 2004, ela procurou um dermatologista para tratar o problema e fez uma série de exames. Como foi constatado que a produção sebácea era decorrente de distúrbios hormonais, a estudante foi encaminhada a um ginecologista. "O médico me receitou a pílula e alguns cremes, em pouco mais de dois meses já apareceram os resultados. A oleosidade diminui bastante e as espinhas nas costas também. Foi ótimo porque até passei a usar blusinhas de alça, coisa que eu não fazia antes porque tinha vergonha", conta. Mônica diz ainda que não sentiu nenhum efeito colateral e que as cólicas, que a incomodavam bastante, também diminuíram. "Outro ponto positivo é que o medicamento que tomo não causa retenção de líquido, isso me deixou bem satisfeita, porque tinha preocupação de engordar", afirma.

A contadora Eliane Wotrola, 28 anos, também fez um tratamento com anticoncepcionais. Há dois anos, ela percebeu que estava com queda de cabelo. O problema foi controlado com o uso da pílula. "Hoje está estabilizado, mas demorou quase um ano para fazer efeito. Não é a cura, mas dá para controlar. O bom é que como não pretendo ter filhos agora, dá para aliar as duas coisas", comenta. (CV)

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