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Empresas que prestam serviço de entrega por motoboys não reclamaram da resolução que proíbe o uso de pneus recapados, recauchutados, remoldados e reformados em veículos de duas ou três rodas. A resolução 158, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), está em vigor desde o início do ano sob o argumento de aumentar a segurança nas ruas. O motociclista pego com a moto ou triciclo com esses pneus terá de pagar multa de R$ 127,69. Além disso, ele perde cinco pontos na carteira de habilitação e o veículo fica retido para regularização.

Segundo a assessoria de imprensa do Contran, não existe dados específicos sobre o número de acidentes causados por pneus reutilizados. Mas o perigo existe, porque diferente dos pneus remoldados utilizados por automóveis e caminhões, os fabricantes dos equipamentos utilizados nas motos não são regulamentados. Ou seja, não há garantia do material.

Empresas e os motoboys que trabalham em Curitiba já se deram conta dos riscos. Edgar Doria, 46 anos, que há cinco anos possui uma empresa no Centro, diz que chegou a experimentar o pneu reciclado no primeiro ano de seu negócio, mas desistiu. "Eles são 30% mais baratos, mas a durabilidade também é mais curta. Sem contar a questão da segurança. Não vale a pena", conta.

Trabalhando como motoboy há quase dois anos, Mairon Jean Gonçalves, 22 anos, diz que nunca quis usar os pneus reformados. "A diferença de preço é muito pouca. Prefiro colocar um zerado e me garantir", afirma. Segundo ele, os oito colegas que trabalham na mesma empresa também pensam de forma igual.

Outro proprietário de empresa, Rosinaldo Macedo Barbosa, recomenda aos funcionários que não usem pneus reaproveitados. Ele fala de sua própria experiência. "Com o tempo a parte interna desgasta e o pneu chega a furar mais de uma vez por dia. O gasto acaba não compensando e o risco de acidentes também é maior", lembra.

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