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Apesar da resistência do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) em assinar o acordo com o governo Lula, mais de 20 universidades já sinalizaram o fim das paralisações.
Segundo levantamento do jornal O Globo, publicado nesta sexta-feira (21), pelo menos 12 dessas instituições já retomaram as atividades ou marcaram uma data para retorno das aulas.
Até o dia 12 de junho de 2024, 57 universidades associadas ao Andes-SN estavam em greve.
De acordo com comunicado publicado pelo sindicato, na terça-feira (18), o comando de greve tem até esta sexta-feira (21) para “analisar a conjuntura”. A decisão será informada até o domingo (23).
As mais de universidades abandonaram a greve após a apresentação da última proposta do governo, que manteve reajuste de 0% para este ano, mas elevou do aumento linear oferecido até 2026 “de 9,2% para 12,8%, sendo 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026”.
No fim do mês passado, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) disse ter apresentado proposta final sobre a pauta salarial, mas manteve diálogo aberto sobre as outras reivindicações.
O acordo proposto pelo governo na ocasião foi aceito pelo Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Proifes), mas foi contestado pelo Andes-SN.
De acordo com levantamento do jornal O Globo, decidiram pelo fim da greve as universidades: Unifesp, UFPR, UnB, UFBA, UFABC, UTFPR, UFRPE, UFRB, UFFS, UFVJM, UFPB, UFMS, UFF, UFSJ, UFRR, UFCG e UFOP.
A UFAPE e outras instituições decidiram pelo fim da greve, sem assinatura do acordo com o governo. A UFR/RJ aceitou o acordo e propôs a volta das atividades entre os dias 24 de junho e 03 de julho.
O CEFET/RJ encerrou a greve condicionado ao cumprimento dos termos preestabelecidos nas mesas de negociação com MGI e Ministério da Educação (MEC).
A UFMG encerrou a greve no último dia 5 de junho. A UFSC encerrou a greve no dia 17 de junho e a UFJF encerrou a greve, mas não informou o calendário de retorno às aulas.
A categoria dos técnicos administrativos das universidades também avalia o fim da greve. Na última proposta aos técnicos, o governo não ofereceu aumento salarial neste ano, mas prometeu reajustes de 9% em 2025 e 5% em 2026.