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Apontados pelo governo e por boa parte da opinião pública como os grandes vilões do sistema aéreo brasileiro, os controladores de vôo saíram de cena depois do dia 30 de março, quando uma greve iniciada no Cindacta 1, em Brasília, praticamente paralisou os aeroportos do país. As lideranças do movimento foram afastadas e os atrasos nos vôos diminuíram de intensidade. Para um experiente controlador de vôo ouvido pela Gazeta do Povo, a normalidade até então vendida pela Infraero e pela Anac é falsa. "Não melhorou muita coisa desde o acidente da Gol.

Ainda falta entendimento das autoridades em relação à gravidade da crise. Existem ainda muitos problemas de infra-estrutura aeroportuária e aeronáutica e é preciso contratar mais controladores", diz.

Enquanto isso não ocorre, o controlador é taxativo ao indicar uma solução de curto prazo: "Tem de diminuir o movimento de Congonhas em pelo menos 25% para que ele opere normalmente".

"Órbita"

Para ele, as falhas que causaram no acidente da TAM são um reflexo dos problemas da aviação brasileira. "Há tempos que, em Congonhas, os aviões têm de ficar em órbita com a pista molhada." Segundo o controlador, isso ocorreu na segunda-feira, com o acidente que envolveu o jato da Pantanal, e na própria terça-feira.

"Nossa imagem ficou como a dos sabotadores, mas não é nada disso. Só não podemos resolver os problemas cuidando de quinze, vinte aviões", diz. (GV e ACB)

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