Meta
O anúncio da redução na taxa de desmatamento deve ser usado pelo Brasil nas negociações do clima para pedir mais ambição dos países desenvolvidos em seus esforços de redução das emissões de gases de efeito estufa. Com a redução, o Brasil se aproxima da meta voluntária acordada em 2009, na COP do Clima de Copenhague, de chegar a 2020 com uma taxa de desmatamento de 3.907 quilômetros quadrados.
A derrubada ilegal de árvores na Amazônia Legal atingiu a menor taxa anual de desmatamento desde que a região começou a ser monitorada pelo governo, em 1988. De acordo com os dados divulgados ontem pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a expansão da área desmatada caiu de 6,4 mil quilômetros quadrados para 4,6 mil quilômetros quadrados por ano. Os resultados se referem ao período de agosto de 2011 a julho deste ano comparado aos 12 meses anteriores. "É a menor taxa de desmatamento da história. Tem o grande marco que é jogar o desmatamento abaixo dos 5 mil quilômetros quadrados", comemorou a ministra.
"Ouso dizer que esta é a única boa notícia ambiental que o planeta teve neste ano do ponto de vista de mudanças do clima. Em relação aos compromissos de metas voluntárias de redução de emissões estamos bastante avançados", acrescentou.
A redução da área registrada por satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) representa queda de 27% da área degradada por madeireiros ilegais, na comparação com o mesmo período anterior. O intervalo desses 12 meses é consolidado anualmente no Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), do Inpe. Os dados mostram que o desmatamento aumentou em três (Tocantins, Amazonas e Acre) dos nove estados amazônicos. O estado do Pará continua sendo o mais atingido pelos criminosos.
Os dados divulgados pelo ministério e colhidos pelo Inpe são estimados pelo Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica (Prodes). As informações ainda não estão completamente consolidadas e há uma margem de erro de 10 pontos porcentuais. A divulgação dos dados finais deve ocorrer em meados de 2013. "Mesmo que tenha uma correção de 10 por cento, não se espera algo explosivo", comentou a ministra.
No período monitorado pelo Prodes, os fiscais do Ibama apreenderam 329 caminhões, 95 tratores, 143 outros veículos e 111 motosserras, além de mais de 130 mil metros cúbicos de madeira e 12 mil metros cúbicos de carvão. As operações de combate e prevenção ao desmatamento na região também resultaram na emissão de 3,4 mil autos de infração, somando o valor de R$ 1,6 bilhão. Segundo Izabella Teixeira, a partir do ano que vem, a fiscalização será feita eletronicamente. O novo projeto, que vai garantir precisão aos dados, custou R$ 15 milhões aos cofres públicos.
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