A Secretaria de Justiça e Cidadania (Seju) publica, na semana que vem, o primeiro edital de convocação dos novos agentes penitenciários. Em junho, os 1.213 aprovados começaram a ser chamados para treinamentos em três turmas. A previsão era de que a primeira turma já começasse a trabalhar em julho, entretanto, ninguém foi chamado até agora.
A demora da convocação está causando transtorno aos aprovados. Como foram informados oficialmente pela Seju no primeiro dia de aula de que a partir de julho começariam as convocações, muitos abandonaram seus empregos na esperança de assumir imediatamente o novo posto.
É o caso de D.D., um dos aprovados, que prefere não se identificar. Ele afirma que pelo fato do curso de treinamento ser em período integral e por ter a confirmação de que seria chamado em breve, largou o estágio que tinha na Receita Federal, onde ganhava R$ 300. "Nos disseram que a nomeação seria em julho e depois não esclareceram mais nada", afirma.
Já M.B., de Londrina, que também prefere não ter o nome revelado, além de deixar o emprego, teve prejuízos com hospedagem em Curitiba. Só de passagem de ônibus foram R$ 160 o governo concedeu uma bolsa de R$ 167 aos participantes do treinamento, que durou um mês para cada turma. Integrante da primeira leva, M.B. optou por deixar o emprego em Londrina e não voltar para o interior do estado. Casado, M.B. está em dificuldade financeira, dependendo da ajuda do pai para pagar suas contas. "Deixei de pagar o condomínio e meu nome foi exposto no hall do prédio", afirma.
Convocação
Segundo a Seju, a convocação dos novos agentes penitenciários ocorrerá conforme os novos presídios sejam concluídos. A assessoria de imprensa da secretaria não soube informar quantos aprovados serão chamados no edital a ser publicado na semana que vem. A previsão é de que sejam feitos 16 novos presídios.
Atualmente, quatro estão em construção, três com ordem de serviço para construção aprovada, quatro em fase de licitação e cinco em fase de elaboração de edital de licitação. A intenção do governo é aumentar a estrutura carcerária em 11.052 vagas. Hoje o estado conta com 8.006 presidiários.
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