O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) de Curitiba prendeu na madrugada desta sexta-feira (22) em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, quatro funcionários do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (Cescage).
Entre os detidos está a sócia administrativa da instituição, Júlia Streski. Todos estão presos temporariamente e são suspeitos dos crimes de formação de quadrilha, falsidade documental, estelionato e lavagem de dinheiro.
O grupo teria movimentado, conforme a polícia, R$ 40 milhões. O delegado do Cope, Cassiano Lourenço Aufiero, disse à reportagem que a investigação começou há dois meses e ainda está em andamento, mas que existe a suspeita de desvio de dinheiro público, porém, ainda não confirmada. "Há mais 30 pessoas envolvidas com o esquema e, provavelmente, mais prisões vão acontecer", disse.
Segundo o delegado, foram constatadas fraudes em empréstimos, falsificações de assinaturas, serviços cobrados e não prestados e aberturas de firmas de "fachada". "Há compras de veículos de luxo, de gado e viagens internacionais que estamos investigando", apontou. O delegado também apura a remessa ilegal de dinheiro para o exterior.
Além de Júlia, estão detidos temporariamente a diretora-financeira, Ivete Marcowicz, a contadora Zilmari Viechinieski e o consultor Jorge Karan. Nesta manhã, a polícia continua na sede administrativa do Cescage realizando buscas.
Outro lado
A assessoria de imprensa da instituição informou que, por enquanto, não há um posicionamento oficial do Cescage.
O Cescage tem cerca de três mil alunos em cursos de graduação e é tido como uma referência no ensino superior privado em Ponta Grossa, com perto de 400 funcionários.
O escritório de advocacia Kfouri & Gorski - que representa um dos socios - encaminhou um comunicado à imprensa na manhã desta sexta-feira (22) informando que foi montada uma comissão provisória para administrar a instituição. "Com a prisão da sócia administradora e da diretoria do Cescage, uma comissão provisória foi nomeada, na forma da decisão judicial, para gerir o Cescage e dar continuidade a suas atividades, sem prejuízo a docentes, funcionários, alunos e fornecedores".
A nota acrescenta ainda que as ações suspeitas do grupo não tiveram o consentimento do sócio do Cescage, José Sebastião Fagundes Cunha, que inclusive, teve a sua assinatura falsificada durante as ações suspeitas dos acusados.
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