Estreia diante do Papa
Em 1979, o então governador Ney Braga pediu que as secretarias da Cultura e Esportes, do Planejamento e de Recursos Humanos criassem o Coral Paraná. O interesse era proporcionar aos servidores públicos momentos de cultura e lazer e despertar a musicalidade entre os funcionários. Criado em 6 de outubro, o grupo fez a primeira apresentação oficial somente nove meses depois, em 1980, na missa celebrada pelo Papa João Paulo II no Centro Cívico. O grupo já fez centenas de apresentações dentro e fora do estado. Além das festas oficiais (o coral é patrocinado pelo governo estadual, com apoio da Assembleia Legislativa), canta também em hospitais, asilos, creches e escolas. (AP)
Dentro de 20 dias, o Coral Paraná irá completar três décadas de apresentações musicais. Formado quase exclusivamente por servidores públicos ativos e inativos, as tardes de segunda-feira são reservadas para o encontro de 53 homens e mulheres que comparecem aos ensaios semanais. E nesta semana não foi diferente. O preparo vocal foi redobrado, pois ontem o grupo se apresentou no plenário da Assembleia Legislativa, em comemoração aos 100 anos da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR).
Essa rotina é vivida pela chefe do protocolo da Secretaria de Ciência e Tecnologia Egeni Thomé, 72 anos, desde a formação do grupo, em 1979. Atual presidente do Coral Paraná, é uma das poucas voluntárias da época da fundação.
Ao longo dos anos, o grupo perdeu alguns de seus integrantes e foi se transformando. Ela relembra tempos difíceis em que se chegou até a pensar no encerramento das atividades, mas o incentivo de amigos e o sentimento de família entre os integrantes levaram o grupo a persistir. "É uma terapia. Quando chego com problemas aos ensaios, saio muito mais leve", afirma.
A ex-diretora de escola Mirian Lidori Garcia, 61 anos, compartilha da mesma opinião. A contralto está com o Coral Paraná desde 2005 e agora é vice-presidente. Anteriormente, cantava no Coral da Secretaria de Estado da Educação. "A música é uma linguagem universal. Quando eu canto, algumas pessoas me dizem que eu brilho de tanta felicidade", diz.
O repertório eclético que tem composições brasileiras, eruditas e sacras serve para o decorador Milton Madalozzo, 71 anos, extravasar sua emoção. Ele fazia aulas de canto desde criança e chegou ao coral convidado pelo então maestro Paulo Kühn, após passarpor outros grupos, como o Thalia e o coral da Sanepar. "Infelizmente, o trabalho do coral não é reconhecido como na Europa", lamenta.
A mais jovem cantora do coral é a professora de Português e Inglês Hevelyn Segalla Pultinavicius, 32 anos. A mezzo soprano canta com o grupo desde novembro de 2006, quando foi convidada para participar de uma apresentação do grupo na França. Conheceu o maestro auxiliar Paulo Pultinavicius, 32 anos, em uma das inúmeras viagens do grupo, e o encontro deu em casamento. "Participar do coral significa tudo. É um tempo para estar de bem com a vida", afirma. O maestro Paulo Kühn, aposentado como capitão da Polícia Militar, diz que a emoção ao ouvir o aplauso é grande: "O palco é para poucos, e ficamos satisfeitos por estar lá."
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora