Foi encontrado ontem o corpo do paranaense Guilherme Testoni, 25 anos, estudante de Engenharia do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que estava desaparecido desde o dia 20 de maio. O corpo foi localizado em alto mar, na região de Guarapari, no litoral do Espírito Santo. A polícia científica passou o dia tentando comparar a arcada dentária e as impressões digitais da vítima, já que o corpo estava em estado avançado de decomposição.
Embora ainda seja necessário o exame de necropsia para confirmar se o corpo é realmente de Guilherme, tudo indica que se trate mesmo do estudante. No pescoço da vítima, que teve parte do corpo incendiada, foi encontrado um pingente com o nome "Guilherme". O cabelo não foi danificado e, segundo a polícia, é parecido com o das fotos divulgadas pela família. O corpo deve ser liberado hoje pelo Instituto Médico Legal (IML) e chega a Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, no fim da tarde.
O carro do estudante havia sido localizado há duas semanas, na praia de Setiba, também incendiado. No local foram encontrados dois botijões de gás, uma toalha com as iniciais ITA e o par de tênis do estudante, que cursava o quarto ano de Engenharia Mecânica.
A família está abalada, porém mais conformada. Para o irmão de Guilherme, Eduardo Testoni, a angústia de ficar sem informações foi o período mais sofrido. "A gente já esperava a notícia, já que não era do feitio dele sumir sem dar satisfação", afirmou. Para a família, faltou agilidade e interesse por parte do ITA. "Eles só começaram a se preocupar com o caso quando colocamos uma foto na internet e quando a imprensa nos ajudou divulgando o caso", lamentou a tia e madrinha de Guilherme, Elizabeth Diniz. Segundo ela, o instituto deveria ter um controle maior sobre os alunos. "Eu sou professora e lido com muitos alunos, mas sei quem é cada um deles. O ITA escolhe poucos alunos por ano e deveria ter um controle maior sobre a saída dos seus oficiais", afirmou.
Segundo um amigo, o estudante teria saído de casa com uma mala pequena, mas não disse para onde iria. Depois de três dias, estranhando a ausência, o colega resolveu ligar para a família. O estudante também teria falado com a namorada um dia antes de desaparecer e não comentou nada sobre a suposta viagem.
O último contato de Guilherme com a família foi em 20 de maio. Sua mãe, Elza Diniz Testoni, recebeu uma mensagem no celular que deixou a família confusa. "Viaje e realize seu sonho. Eu estou realizando o meu. Beijos. Te amo. Gui". Segundo Elizabeth, a família estranhou o conteúdo da mensagem. "Nós nunca usamos esse tipo de comunicação por mensagens de celular. Ele ligava e conversava constantemente com toda a família por telefone e pelo skype (programa de conversação por voz pela internet)", disse.
A mensagem foi rastreada pela Polícia Federal e descobriu-se que foi enviada de Guarapari. Agora a polícia vai iniciar investigações para descobrir o que levou o estudante à morte.
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