O corpo da fisiculturista Renata Muggiati, morta aos 32 anos no dia 12 de setembro, foi exumado nesta sexta-feira (2), a pedido da delegada Ana Cláudia Machado, responsável pelo caso na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A exumação foi pedida para a realização de exames complementares, solicitados pela delegada ao Instituto Médico Legal (IML).
Em nota divulgada à imprensa, a delegada pediu a exumação à Justiça e obteve a autorização. A Polícia Civil informou que houve necessidade de realizar novos exames porque “a delegada assumiu o caso após a vítima ter sido enterrada, por isso é comum surgir alguns esclarecimentos”. Ana Claudia investiga casos da 1ª Delegacia de Homicídios, que faz parte da DHPP. No início das investigações, o ocorrência estava com o delegado Jaime da Luz, que atende a Delegacia de Proteção à Pessoa, outra delegacia que funciona dentro da divisão. Outro fator que levou à exumação, segundo a nota, foi para “preservar as provas do inquérito”.
Renata morreu no dia 12 de setembro, após cair da janela do apartamento onde morava no centro de Curitiba. O caso ganhou repercussão após uma mensagem supostamente postada pela jovem no Facebook, na qual anunciava que iria se suicidar. Além disso, de acordo com a Polícia Civil, ela e o namorado, o médico Raphael Suss Marques, teriam um relacionamento conturbado.
Alguns dias depois da morte da fisiculturista, o advogado Cláudio Dalledone prestou depoimento à Polícia e afirmou ter recebido de Renata fotos dela com hematomas. Nas mensagens trocadas entre eles, a jovem pediria ajuda pois estaria sofrendo violência doméstica supostamente praticada pelo namorado.
O médico foi preso no último dia 25 de setembro, como suspeito da morte da fisiculturista. Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a jovem sofreu um processo de asfixia de um minuto e meio a cinco minutos antes de cair do prédio. O laudo apontou lesões no coração e pulmão, além de uma fratura em um osso do pescoço de Renata, indício que aponta para a asfixia.
Marques foi preso temporariamente por 30 dias porque, conforme indicam as investigações, ele seria a única pessoa que estava com Renata no apartamento antes de ela cair da janela. De acordo com a delegada, ainda serão realizados outros exames e espera-se a conclusão do trabalho da perícia, bem como a realização de uma reprodução simulada da morte.