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Rachel estava desaparecida desde a segunda-feira (3) | Reprodução Orkut
Rachel estava desaparecida desde a segunda-feira (3)| Foto: Reprodução Orkut

Corpo estava em mala abandonada embaixo de uma escada da rodoviária

  • Segundo a polícia, Rachel ia e voltava de ônibus sozinha todos os dias

O corpo de uma menina de 9 anos foi encontrado dentro de uma mala abandonada na Rodoferroviária de Curitiba por volta das 2h30 da madrugada desta quarta-feira (5). Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre estava desaparecida desde as 17h30 de segunda-feira (3), quando saiu do Instituto de Educação, no Centro, onde estudava.

De acordo com a polícia, a menina era filha de uma professora e ia e voltava todos os dias sozinha da Vila Guaíra, onde morava, até a escola, de ônibus. O caso estava sendo investigado desde a segunda-feira pelo Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), que contatou a mãe ainda durante a madrugada. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba.

Segundo a polícia, a mala foi encontrada embaixo de uma das escadas do setor de transporte estadual, por uma família indígena, que estava morando no local havia duas semanas. Como estava atrapalhando o local onde dormiriam, os indigenas - que vieram de Ortigueira, no Centro-Oeste, para vender artesanato em Curitiba -, tentaram arrastar a bagagem.

O grupo estranhou o peso e chamou um fiscal da Urbanização de Curitiba (Urbs), que resolveu abrir a mala. Imediatamente o funcionário acionou a Polícia Militar (PM), que chamou o IML.

O corpo estava inteiro, ainda trajava o uniforme do Instituto de Educação, e apresentava sinais de estrangulamento e indícios de violência sexual. A família de indígenas disse, à polícia, estar com medo e ter a intenção de retornar a Ortigueira.

Rachel cursava a 4ª série no Instituto de Educação. Filha de pais separados, a menina morava com a mãe e os avós maternos na Vila Guaíra. Em outubro de 2007, quando estava na 3ª série, ela ganhou o terceiro lugar no XIII Concurso Infanto-Juvenil de Redação, promovido pela Seção Infantil da Biblioteca Pública do Paraná. Este ano recebeu o primeiro prêmio no mesmo concurso.

De acordo com o telejornal Paraná TV 1ª edição, as aulas foram suspensas nesta quarta-feira no Instituto de Educação.

Durante a manhã, dezenas de pessoas publicaram mensagens de consolo à menina e à família na página de recados de Rachel no site de relacionamentos Orkut. Procurada pela reportagem, a família não quis falar sobre o caso.

O velório deve acontecer a partir das 19 horas, na Capela Mórmon do Bacacheri, em Curitiba. O enterro do corpo da garota está previsto para acontecer as 10 horas de quinta-feira (6) no Santa Cândida.

Investigação

O delegado Naylor de Lima, da Delegacia de Homicídios, é quem comanda as investigações. A área interna da Rodoferroviária não possui câmeras de segurança e a falta de imagens pode dificultar a identificação do autor do crime.

Existe apenas sistema de monitoramento na parte externa do terminal. As câmeras são voltadas para os ponto de táxis e o objetivo é evitar assaltos aos taxistas. Mesmo sem mostrar o movimento de passageiros dentro da rodoviária, a polícia requisitou as imagens.

Em entrevista ao telejornal ParanáTV 1ª edição, o delegado disse que ainda não está descartada nenhuma hipótese para o crime.

A Urbs, que administra o terminal, informou que uma licitação foi aberta em setembro para aquisição de cameras de segurança. A previsão era de concluir o processo de compra do equipamento até o final deste mês.

Quem tiver informações que possam ajudar nas investigações sobre o assassinato de Rachel pode entrar em contato com a Delegacia de Homicídios pelo telefone 3363-0121. A identidade do informante será mantida em sigilo.

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