Os pais de Brayan Yanarico Capcha, o garoto de 5 anos morto em um assalto na sexta-feira, 28, partem em um voo para a Bolívia na tarde desta segunda-feira, 1. Eles vão enterrar o corpo do seu único filho na região onde viviam, no povoado de Takamara, a duas horas do centro de La Paz.

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O velório de Brayan está previsto para começar ainda na noite desta segunda. O enterro deverá ser nesta terça. O Consulado-Geral da Bolívia assumiu as despesas do translado, com apoio de uma companhia aérea.

"Nunca havia visto algo assim. Estou ainda assustado. Brayan pedia para voltar para Bolívia, estava acostumado mais com a vida lá", disse o pai, Edberto Yanarico Quiuchaca, de 28 anos, em uma coletiva de imprensa organizada no saguão do Aeroporto de Guarulhos, em agradecimento ao apoio recebido após o assassinato.

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Ele e a mulher, Veronica Capcha Mamani, de 24 anos, tinham imagens de Brayan com frases pedindo justiça e reforma do Código Penal. Ambos dizem que não pretendem mais voltar ao País.

Acusados

Na tarde desse domingo, 30, foi detido o terceiro suspeito de ter participado do assalto. Ele é um menor de 17 anos. A polícia ainda tentou prender um quarto acusado, também adolescente, que conseguiu escapar. No sábado, 29, a polícia havia anunciado a prisão dos dois primeiros acusados: Paulo Henrique Martins, de 19 anos, e Felipe dos Santos Lima, de 18, o Tripa.

Em depoimento, o menor de idade teria dito que Diego Rocha Freitas Campos, de 20 anos, é o autor do disparo. A polícia ainda não localizou esse acusado e também procura outro suspeito Wesley Soares Pedroso, de 19 anos.

O crime ocorreu na madrugada de sexta-feira, em São Mateus, na zona leste da capital. Um bando invadiu a casa em que vivia o casal de trabalhadores bolivianos. A família estava havia seis meses no Brasil - o casal trabalhava em um ateliê de costura. Incomodados com o choro da criança, bandidos atiraram na cabeça de Brayan.

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